13.12.11

Warfare Noise I - Split (1986)





Papaizim, papaizim...isso aqui é maldade sem fronteira, guerreiro das trevas andando torto pelos cemitérios da cidade. Blasfêmia, satanás de rabo, balas de plástico, prego sem ponta, calça preta de couro modelando as nádegas, warpaint por todo o rosto debaixo de um sol de 40 graus, cara de mau, amargura no coração, pentagrama, cabelos longos mal cuidados fedendo sebo de porco e mais um monte de lyndezas adjascentes. "Warfare Noise I" é um histórico split de 1986 que reúne as lendárias bandas de metal nacional Sarcófago, Chakal, Mutilator e Holocausto. O disco foi lançado na época pelo lendário selo Cogumelo Records e contém 8 cantigas, 2 musiquinhas para cada conjunto. Se você era que nem eu, que morria de medo desses discos, se cagava todim quando via aquelas capas macabras e que hoje é mais um desviado do mundo, não toma banho, usa a mesma cueca durante 1 semana, bebe catuaba como se fosse suco de frutas vermelhas e de noite pede a benção para a mãe quando vai se deitar, esse registro é pra tu, amado infame dos novos tempos. Ouça essa bagaça lynda aí, Beyjos.

Disco larapiado de: Thrashpunx Crew


Myspace: Sarcófago

Myspace: Chakal

Myspace: Mutilator

Myspace: Holocausto

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Warfare Noise I - Split (1986)

8.12.11

O Inimigo - Imaginário Absoluto (2011)




O Inimigo é uma banda da cidade de São Paulo formada em 2001. Entre pausas, mudanças na formação do conjunto, os joviais estão na ativa e acabaram de lançar o excelente disco "Imaginário Absoluto". Mixado por Estephen Egerton (All/Descendents), o disco mostra em 12 trabalhadas faixas as influências do punk/hardcore americano oitentista que a banda tanto exalta. Guitarra marcante, o vocal de Kalota, as letras que te fazem pensar. Taí, esse também está na lista dos melhores lancçamentos undergrounds do ano, presente de natal (ou não) para aquela pessoa que você tanto considera, é uma boa pedida. E já que o fim de no está chegando, essa lorota toda de festas, a farsa da mega da virada, roupas brancas, oferendas para yemanjá, vômitos na privada da casa daquele parente distante, foguetes e tudo mais, vou passar uma simpatia para você conquistar um novo amor e tudo mudar para melhor em 2012: Essa é ideal para ser feita na beira de uma cachoeira ou rio, mas se não for possível pode ser realizada em frente a privada do banheiro. Com cenários da deusa Oxum, orixá do amor, acenda duas velas coloque próximo da água, derrame mel de abelha arapuá e coloque 4 búzios dentro da cueca ou calcinha. Mentaliza o nome da amada ou amado e dance por meia hora em cima de brasas bem quentes à uma música romântica de Nelson Ned. Pronto, tu vai entrar o próximo ano com o seu lyndo amor ao lado e te fazendo bem feliz, siga corretamente passo-a-passo e verás o bonito resultado. Beyjos.


Myspace: O Inimigo

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O Inimigo - Imaginário Absoluto (2011)

6.12.11

Puro Ódio - Tales Of Horror - EP(2009)




Puro Ódio é uma banda de São Paulo formada em meados de 2005. O conjunto segue a linha grindcore de ser, com influências fortes do death metal e do hardcore. "Tales Of Horror" é um EP desses lyndos raparigos, gravado ao vivo e possui 8 cantigas que abordam temas como a libertação animal, mortes, assassinatos em série, guerras entre outros. E eu sei que nessa passagem de ano, você quer entrar em 2012 sem nenhuma urucubaca nas costas, pois bem, vou passar uma simpatia para que essa onda de azar e zica braba suma de uma vez por todas em 2012 em sua inútil vida. Na passagem do ano, à meia-noite, escreva num pedaço de papel a palavra "azar da besta fera". Coloque esse papel na boca de um sapo de esgoto e dentro de uma bacia de papel com alumínio despeje dentro 1 colher de sopa de vinagre, 1 colher de sopa de álcool e sete pedrinhas de sal grosso ou crack. Ateie fogo, ficando de costas para a mandinga até queimar tudo. Faça essa simpatia durante 7 anos seguidos e essa putaria toda que ocorre atualmente em sua vida sumirá de vez!
Beyjos.

Myspace: Puro Ódio

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Puro Ódio - Tales Of Horror - EP(2009)

1.12.11

Naifa - LP(2011)





Naifa é uma banda da cidade de São Paulo formada em meados de 2005. Com o estilo hardcore/punk com boas pitadas melódicas, a banda é forma por integrantes e ex-integrantes de conjuntos do naipe de Flicts, Agrotóxico, Jazzus, Besta Fera, Fodido e Xerocado entre outros. Nesse ano de 2011, os jovias estão vindo com um lançamento muito fyno, trata-se de um LP que contém 8 cantigas em português com melodias excelentes. O disco está como um dos principais lançamentos do ano na cena hardcore/punk nacional. Guitaarinha lindinha, bateria bem ajustada, baixo grave e sedento e Arthur com a sua gritaria bem intecionada mostram o estilo e a postura da banda, que nunca mudou, só lapidou para melhor. Tu pode encontrar o disco nesse link aqui: Naifa. Outra coisa, a capinha da bolacha tá bem massa e eu já quero uma cópia disso, beyjos meus amores e até mais ver!


Myspace: Naifa

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Naifa - LP(2011)

30.11.11

Discharge - Tributo(2011)



E aí negadis, tudo na paz de cristo? Pois é, venho aqui postar uma belezura de registro lançado esse ano aqui nessas terras tupiniquins, falo de um honrado tributo à uma bandas mais expressivas do punk/d-beat mundial, um tributo nacional ao Discharge. Se você gosta de ficar gritando "waaaaaaaar" em tudo que é canto que vá, anda com calças pretas coladas repletas de patches, jaqueta de rebite com logos quase indecifráveis de bandas punks, ama aquela bateria "cavalo manco" (característica forte do estilo), não gosta de tomar banho, entope o cu de álcool e drogas de péssima qualidade, pois bem meu nêgo, isso se deve muito à essa banda punk formada em 77 e criadora do estilo d-beat. Bandas nacionais do naipe de Ação Direta, Lobotomia, Scum Noise, A.R.D, Besthöven e outras destilam seus venenos com cantigas marcantes do Discharge em versões bem originais. Aqui da cidade o Corja, Death From Above e o Desastre dividem faixas com as demais orquestras. São 27 cantigas e uma justa e foda hoemnagem à uma das bandas mais inportantes e influentes do cenário underground mundial. Abaixo segue a relação das cantigas, beyjos meus amores!

Track List:

1 - Whipstiker - Fight Black
2 - Death From Above - War's No Faitytale
3 - Unfit Scum - Always Restrictions
4 - Disarm - Religion Instigates
5 - Apokalyptic Raids - Descontrol
6 - Skarnio - Its No TV Sketch
7 - Chaka - Never Again
8 - Subcut - Two Monstrous Nuclear Stockpiles
9 - Murro No Olho - Does This System Work
10 - Gritos de Alerta - Why
11 - D-Ecreäsing Life - Maimed And Slaugthered
12 - Living Hell - Is This To Be
13 - Karne Krua - Massacre Of Innocents
14 - Social Chaos - Hear Nothing See Nothing Say Nothing/The Possibility Of Life's Destruction
15 - Terror Revolucionário - The Nightmare Continues
16 - Final Trágico - The Final Bloodbath
17 - Os Maltrapilhos - Protest And Survive
18 - Escöria - Meanwhile
19 - A.R.D. - Cries Of Help
20 - Nuclear Fröst - The End
21 - Scum Noise - State Violence, State Control
22 - Armagedom - Doomsday
23 - Desastre - The Price Od Silence
24 - Besthöven - Born To Die In The Gutter
25 - Lobotomia - The More I See
26 - Corja - Anger Burning
27 - Ação Direta - A Look At Tomorrow/You Deserve Me

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Discharge - Tributo(2011)

28.11.11

Resultado do Sorteio Tosco Chorumeiro

O vencedor do "Sorteio Tosco Chorumeiro" foi o raparigo Pedro Viana. Obrigado à todxs que enviaram os flyers e até a próxima cabarezágem. Abaixo o ranking dos 5 primeiros que enviaram os cartazes:

1º Pedro Viana - 35
2º Jorge Silva - 21
3º Cainã - 10
4º Mauro HC - 8
5º Oloares - 6

25.11.11

HC-137 - ...Do passado apenas o futuro...(2003)






Rapaziada, é o seguinte, isso aqui é um post resgatado, vamos fazer isso com algumas postagens que achamos que merecem um carinho especial, melhorar(ou piorar) os textos e dar mais visibilidade para a banda em questão. Pra começar, venho através deste mostrar-lhes o HC-137, banda lendária aqui da capital, formada em 1988 sob as influências do punk e do acidente radiológico ocorrido aqui em Goiânia em 1987, aliás, o nome da banda significa Horrores do Césio 137, retratando em um nome a realidade da época na cidade. Considerado o maior representante do underground goiano até os meados da década de 90( e para mim ainda é!), o conjunto tem um grande respeito dentro da cena punk/hardcore nacional. A banda possui alguns registros e vou resgatar o último registro dos bonitos, "...Do passado apenas o futuro..." foi lançado em 2003, contendo 6 cantigas rápidas, fortes e bem gravadas. "Tati La Boqueteira", "Horrores Do Césio" são clássicos que acompanha essa bolachinha, e é uma boa oportunidade pra você conhecer uma ótima e importante banda do cenário, ainda mais se tu é daqueles raparigos que amava quando mais novo comer a pior merenda escolar oferecida pelo Estado, falo do mingau, alimento que cerca de 98,17% das crianças repudiava, enquanto tu, querido jovial tosco, lambia umas 7 daquelas vasilhas azuis com a logo do Mec, sorrindo, lambuzando camiseta e rosto. Pois bem, esse registro é bem pra você, guerreiro legendário, ouça no carro, no ônibus, em casa, no banheiro... Viva sempre ao HC-137!!!



Myspace: HC-137

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21.11.11

Kill Fashion Hippies - Demo(2011)






É powerviolence cabra da peste, doido e agitado que nem enxame de abelha arapuá, tô falando dos lyndos do Kill Fashion Hippies, bandita formada em meados de 2010 em Brasília-DF. Com o intuito de propagar ideias libertárias, o combate a intolerância aliada à música rápida, os bonitos soltaram recentemente sua primeira demo, contendo 9 cantigas rapidíssimas e com uma qualidade muito boa de gravação. Talvez você sinta em certas horas influências do hardcore oitentista americano e na maioria das vezes tu irá perceber que bandas como Spazz, Jazzus e Apathetic Ronald Mcdonald são inspirações nítidas no som dos bacharéis. Registro muito foda e compensa ter ele de forma física, virtual, surrupiado de algum infame ou de algum outro meio legal ou ilegal para se chegar até essa bolachinha delícia. E se você, por conta da idade, drogas ou o que for sempre perde as coisas e nunca consegue achar, vou passar uma simpatia lynda para que tu não tenha mais esse lapso na mente: Coloque um copo de boca para baixo sobre uma mesa e diga: "Enquanto não encontrar essa porra, não desviro esse copo.". Quando encontrar o objeto perdido, desvire o copo e dance em círculo músicas tradicionais portuguesas. A parada funciona. Beyjos!


Myspace: Kill Fashion Hippies

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Kill Fashion Hippies - Demo(2011)

17.11.11

O legado de Joaquim Extremo (sobre)vive

E aí negadis, tudo na paz de sempre? É o seguinte, no último sábado, 12 de novembro, estava eu saindo de minha hype aulinha de inglês e indo passar o dia com a melhor pessoa que existe. Comidéx, bombons, filmes e eis que recebo uma ligação de meu querido irmão, o mesmo me chamava para ir em Brasólia, pois mais tardinha daquele dia iria rolar o Caga-Sangue Thrash. Pra quem não conhece, esse lyndo evento existe desde 2004, com o seu primeira edição sendo realizada no saudoso Bar dos Encontros e chegando nessa edição 2011, com o Círculo Operário do Cruzeiro Velho, como o local que iria abrigar as centenas de peões e desviadas. Pois bem, a felicidade e ansiedade bateu imediatamente com a possibilidade real de ir de encontro à pessoas feias, sem classe e que gostam de música rápida, por outro lado, batia um desapontamento por deixar deixar de estar junto por algumas horas com a pessoa mais incrível que existe desde uns tempos pra cá em minha tosca vida. Pois bem, parti, com destino à capital do país, epicentro em que se situa xs maiores pilantras dessas terras. Conversas, risadas, pausa para rangar no Jerivá e eis que chego ao nobre local da cabarezágem. Clima bom, pessoas boas, cerveja gelada e Adelino Nascimento comendo solto no meu celular. Perambulei pelas dependências do local, senti cheiro de erva que polícia militar oprime na USP e em tantos outros lugares e becos desse país, senti o aroma podre dxs seres que por ali andavam e também senti o odor de bosta seca de mengingo bebâdo pairando pelo ar. A primeira impressão já foi boa por demais pra mim e a noitóla só estava começando. Muita coisa boa era de acontecer por ali, pensava eu, então parti para o ataque e de cara já havia pisado em merda de gato estrupiado, ou seja, realmente a noite começava boa pra mim!

Pois bem, as oferendas para Iemanjá começara com a novíssima banda de Manga(Gracias Por Nada) e Poney(Violator, Ameça Cigana..), soltando um hardcore/punk bem aos moldes oitentistas. Cidade Cemitério, nome do querido conjunto de música, conseguiu sacolejar os ossos dxs
infelizes que por ali estavam, alguns correndo com fumaça de cor pelas dependências do Circulo Operário, outros soltando bombinhas de São João e outrxs simplismente observando o show, trocanndo ideia ou usando tóxico que mamãe não gosta. Apresentação bonita dos bacharéis e a certeza que a noitóla seria boa só aumentava cada cantiga gritada, a cada raparigo descontrolado que sacolejava a juba do naipe de brinquedo do ITA que causa vômito.

O Tirei Zero, banda daqui da cidade, se preparava para subir ao palco do Circulo, enquanto minha pessoa roletava entre as banquinhas com os produtos expostos. Eram camisetas, adesivéx, patchs, rango natureba, discos, cds, pessoas feias e sem classe. Voltei para o meu querido posto, lugarzim de bouéx, perfeito para ver as apresentações, sem ser atingido com cutuveladas ou algo do tipo, aliás, tinha um raparigo
com porte físico um tanto avantajado, visual Suicidal Tendencies de luta livre que passava medo e apreensão à todxs nas rodas, a cada tentativa de mosh em vão. Enfim, a cambada pequizeira começava o baile da terceira idade, com Pedrinho e Bruno muito empolgados, como de praxe. Júlio, alimentando-se com as baquetas e desvinculando-se totalmente da lembrança faceira com o "muxibento" Marcelo Camelo. André, o pai sabedoria da banda, colocando os mestres das guitarradas no bolso. O show estava bem gostoso, e como já é de lei nas apresentações dos meninos, Pedrinho gorfou delicadamente durante a tocada de uma das cantigas, trocando bruscamente o estilo hardcore/skatepunk da banda e passando a ser goregrind/splatter. Apresentação bem elegância dos cheirosos goianienses. Gostei muito de ver.

Mais conversas com bonitos e bonitas, mais andanças e num barracãozim que situava-se dentro do local da libertinagem, eu ouvia um funk carioca frenético e alguma moças e jóvens curtindo a parada paralelamente ao rock selvagem que rolava há alguns metros dali, aliás nos intervalos dos shows algum discotequeiro de marca maior, deixava a moçada frenética
com cantigas do estilo dance music que bombou no começo e meio da década de 90. Passado isso, subia aos palcos os mineiros do Deathraizer com o seu thrash/speed metal alucinante. A negadis parecia que tinha uma maquininha nos braços para tocar riffs e passagens tão rápidas. Vi pouco do show, é verdade, muito por conta de uma mangueira que possuía algumas mangas em seu pé e que localizava-se um pouco atrás de mim. Enfim, o pouco que vi dos raparigos me impressionou muito e até me deu vontade de usar calça apertada e ter cabelos longos.


Passado alguns bons minutos de conversa ao telefone, reparei que os paulistas do MACE subiam ao palco e minha espectativa para o show dos engenheiros era a melhor possível. E
eles não me decepcionaram, com um vocal com cara de menino morador de condomínio fechado que gosta de programação de computador e um guitarra meio mescla de índio paraense com cabelos sedosos típicos de forrozeiros da nova geração do nordeste, os joviais moeram a mente da galera, com uma boa mistura de técnica, rapidez e boa postura de palco. Sonzinho chegando finése em meu escutador de rádio AM e eu até ensaiei alguns movimentos braçais durante a apresentação dos cheirosos.

Perambulei mais um pouco, bebi água que nóia desconhece e sabe aquela coisa de você gostar de uma banda, passam os anos e tu nunca se decepciona com ela, aliás, só sente mais vontade de ouvir e curtir a bagaça toda? Pois é, com o Possuído Pelo Cão é assim, sai integrante, não tocam por um bom tempo e quando reaparecem, os cabras voltam à tona cada vez mais rápidos. E a apresentação dos lyndos foi
bem isso, uma ode ao circle pit, ao hardcore, aos dircursos emocionantes do Poney, vindo de uma excelente escola de Felipe CDC e demais bacharéis renomados. Com a adesão do goxtoso Júlio nas baquetas, a banda ficou mais fast, mais lynda e digo que o show dos joviais foi algo épico, com a negadis toda plantando bananeira, surfando em prancha, círculos encapetados no Círculo e uma emocionante lembrança ao eterno Rédson, aliás, isso se deu durante todo o evento.

E eis que chegava a hora daquela raparigágem toda ganhar um ar de nostalgia, emoção e paga pauzisse, pois os américas do Conquest For Death se alongavam e passavam o sonzinho para que dentro de alguns minutos o forró do gérso começasse. Antes disso, numa encenação bem de quinta categoria, revivendo os tempos de performance teatral de ensino fundamental de escola municipal, Joaquim Extremo foi assassinado misteriosamente com um pipoco que saiu dos graves das caixas de som do palco. E após isso, amigx, nunca tinha visto ao vivo uma banda com velhotes com tanta
energia. O baixista barbudo Robert era pura energia, por vez ou outra dando mosh com seu baixo na galera, o vocal Dev e seus altos pulos que colocava Raul Gil no bolso sem nenhuma cerimônia. Público voraz, quase dei a benção para o guitarra Alex, pensando ser algum tio meu descendente indígena, o batera Zak ultrarápido, Craig e sua camiseta do Brasil toda ensopada e mais uma vez o raparigo de porte avantajado tentava pular na galera, foram várias tentativas, todas em vão novamente. Fiquei impressionado com tudo o que vi da banda e um momento bem emocionante do show foi quando Zak passou as baquetas para Júlio bailar uma cantiga com o resto do pessoal da banda. Nervosismo, euforia, emoção, meladinha na cueca com cocô mole, e esse foi um momento marcante daquela noite. Posso dizer uma coisa, vai demorar pra mim ver algo tão lyndo, tão intenso e tão rápido como foi naquela noite de sábado, com algum dos caras que mudaram os rumos do hardcore mundial. Gratificante e emociante poder ver isso de perto e conviver por algumas horas com pessoas tão humildes e atenciosas, lição para muita bandinha nova e velha que deixam o ego e o "sucesso" subir por demais as cabecinhas fechadas.

E o legado que Joaquim deixa é de que as boas ações ainda vão existir e resistir, enquanto houver pessoas como os raparigos que organizam e fortalecem a cada ano o nome Caga-Sangue. Amizade, respeito, diversão, consciência, tudo isso se mistura em rodas de hardcore, em moshes, em quedas, coisas que aos olhos de conservadores e alienados soa como algo agressivo, só que para quem vive isso é apenas uma forma de se expressar, tirar o stress do dia-a-dia. Em um mundo cada vez mais individualista, que engole os mais fracos a cada instante, resistir sem depredar, ser coerente e verdadeiro sem se vender, faz você acreditar que esse mundão ainda é possível, aliás, o seu mundo, o seu bairro, as suas amizades. Além desse show de sábado que rolou, a programação seguiu com paletras durante toda a semana, abordando temas como o aborto, mobilidade urbana, racismo e ligação entre movimentos sociais e o punk, entre outros. Lembrando que a semana termina com apresentações na sexta em Facas Lindas, sábado em Goiânia e domingão de ramos em Brasólia. E a palavra final é: Em qualquer lugar que você esteja, seja qual for o seu grau de influência nessa sociedade, tente sempre mudar o amanhã, pois o pouco seu, será muito para o próximo. Mostre para todxs que o sistema te marca sim, mas jamais te arrebanha. Beyjos e até a próxima raparigágem!

Fotos por: Nicolas Gomes

10.11.11

Bico de Corvo - Demo(2011)






Bico de Corvo é uma banda formada no final de 2009, oriunda do suburbio de Maceió-AL. O conjunto já existia antes, com o gostoso nome de Poeira e Ossos, e soltaram esse ano uma demo, com 6 sons baseados no crust sujão, mal gravado e com riffs bem legais. As letras dos bacharéis abordam temas como a pedofilia no clero, a alienação das pessoas perante o sistema e a falta de esperança de uma sociedade melhor, a intro tem um tom bem black metal, cemitério, caveira, vinho barato, pentagrama e tudo mais. E se você já não consegue mais se divertir em shows toscos por conta das fortes dores na coluna, consequência de anos e anos dando moshes em apresentaçções com público inferior â 10 pessoas, vou pssar uma simpatia finése para que tu não sinta mais essa infame dor e que não ande por aí como se fosse o corcunda de notre dame. Aqui vai: Você terá que pedir para um amigo ou amiga para que arrume uma cana caiana de sua altura. Feito isso, coloque a cana debaixo de sua cama até ela ficar com o interior de cor avermelhada. Quando isso ocorrer, peça para seu amigo ou amiga socar o pedaço de cana em suas costas de forma horizontal. A cana deverá exatamente ter que se quebrar ao meio, se isso não ocorrer, tu irá que repetir novamente a simpatia. Se a cana quebrou bem no meio, pegue elas chupe, dançando qualquer música de Roberto Leal e derramando álcool da bomba em suas costas. Pronto, nunca mais tu sentirá qualquer dor, se bem que é possível que você fique de cama ou de cadeiras por um bom tempo, mas em alguns anos isso passa e tu será uma pessoa melhor, a partir de então! Beyjos!


Myspace: Bico de Corvo(não...)

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Bico de Corvo - Demo(2011)

9.11.11

Lei do Kaoz - Demo(2011)





Lei do Kaoz é uma banda formada em janeiro de 2010 em Abreu de Lima-PE. Os raparigos fazem uma mescla entre o crossover/thrash/hardcore/punk que deixa qualquer pessoas sem juízo nenhum nas pernas quando ouve o som dos engenheiros. Nesse ano de 2011, os lyndos soltaram uma demo, contendo 5 cantigas bem bailantes, capinha linda, gravação bem decente e uma cabarézagem louca em quase 15 minutos de protesto, rapidez e aquele sotaque bonito pernambucano na fita! E se você sofre com as infames e malditas dores de dente, que tanto te deixa sem beber aquela dose de 29 com os mendingos e pedintes de porta de boteco, vou aqui passar uma simpatia bem fácil de fazer para que esse male suma de uma vez por todas. Você terá que amarrar um dente de alho no dedo mindinho, do mesmo lado do dente dolorido. Fique no sereno com a boca aberta, girando o alho amarrado no dedo e cantando qualquer cantiga de Agnaldo Timóteo bem alto. Feito isso, mastigue bem o alho entre os dentes e beba com uma dose cheia de cana com jurubeba. Pronto, sua boca ficará dormente e a dor sumirá por alguns dias, se voltar a doer, dê 4 murros bem dados do lado do dente dolorido e cante alguma canção da Diana, funciona com tod@s que seguiram direito a simpatia. Beyjos e até!


Myspace: Lei do Kaoz

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Lei do Kaoz - Demo(2011)

6.11.11

Exclusos & Los Zinicos - Split(2011)





Splitizinho manêro na fita, galera. De um lado os costa riquenhos do Los Zinicos, já do outro lado podre da coisa aperecem os brazucas de Cruz das Almas-BA, Exclusos. São três cantigas para cada conjunto nesse registro, Los Zinicos tirando um punk tradicional e os Exclusos, por duas vez, expondo de forma crua os problemas sociais, desigualdades, autogestão, violência policial, tudo através do anarcopunk. O som dos joviais pode-se dizer que é uma mescla de punk/hardcore/crust, com vocal sujo e sem frescuras. Se tu roleta pelas ruas de sua cidade com seu moicano seboso, com jaqueta de rebite cheio de patchs e duro de sujeira, usa aquelas calças coladas de lycra com rasgo nos joelhos, torra seu pouco dinheiro com granadinhas de catuaba, já se acostumou com aquele cheirinho característico do macuco e gosta de se envolver com rapariga fedida residente de terminais rodoviários, esse registro é pra tu, morador residente de praças públicas e bocas de lobo sem tampa! Beyjos.


Myspace: Exclusos

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Exclusos & Los Zinicos - Split(2011)

2.11.11

Cidade Cemitério(2011)





Cidade Cemitério é um conjunto noviço oriundo de Brasília-DF. A cabarézagem reúne nomes carimbados da cena candanga, como o gostoso dos cambito fino Poney nas guitarradas(cantador do grupo Violator e Possuído Pelo Cão, Ameaça Cigana...), Manga que é batera do Gracias Por Nada e fazedor de tatuagem "vida lôca" em braços de joviais perdid@s, nos vocais, July no baixo e Daniel nos batuques completam o quarteto infame do planalto central. Esses cheirosos liberaram 5 cantigas desse novo projeto, bem aos moldes punk/hardcore oitentista, do naipe de Black Flag e Bad Brains. Posso dizer que a banda é lynda, pois vi uma elegante apresentação dos bacharéis num dos redutos mais sem classe aqui da cidade, o Capim Pub, e recomendo que tod@s @s infelizes que passeiam por aqui, ouçam esse registro, com pouco mais de 8 minutólas. E você, lynd@, que se caga tod@ quando passa em frente de cemitérios, não vai em velórios, se urina tod@ quando ver um defunto, vou passar uma simpatia adquirida nos terreiros de Mãe Abilolada de Oxóssi que é égua, é seguir os passos e ter mais coragem nessa tosca vida. É o seguinte, tu irá precisar de papel, lápis, caixa de fósforo e fezes de gado. Desenhe 3 caveiras, 2 caixões, 1 casa e 5 logos do Twisted Sister, Dobre em quarto partes a respectiva folha, enterre perto de um pé de buriti e deixe lá por uma semana. Desenterre a folha no período danoite, leve consigo a caixa de fósforo e as fezes, queime a folha e esfregue em seu corpo todo o cocô adquirido, rodopie aos moldes de danças ciganas e grite bem alto: "Papai, papai, me livrei desse maldito medo, agora não me mijo, nem à noite, nem cedo.". Pronto, é esperar os bonitos resultados posteriores e você poderá voltar tranquil@, cagad@ e bêbad@, nas madrugas dos shows e rolês. Beyjos!


Myspace: Cidade Cemitério(não...)

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Cidade Cemitério(2011)

31.10.11

Sepultura - Roots (1996)





Taí ó, foram tantos pedidos, nêgo me ameaçando de morte e eis que aqui está a bolachinha do Sepultura (ainda com o Max, é claaaro!), disquinho que ficou muito famoso lá pelas bandas do Codó-MA e nos milhares terreiros desse mundão afora. O "Roots" foi lançado em 1996 e mudou definitivamente os rumos do heavy metal, técnica, maconha, cantigas tribais, macumba e uma dose de carniça no corpo, tudo junto, fazendo uma gororoba pesada e original, diferente de tudo que existia, até então. Depois tod@s sabem o que aconteceu: mulher, ciúme, briga, homem chorando ouvindo brega, Nelson Rubens e o Max foi viver fora com a sua digníssima, largou a banda, fez Soulfly, fumou pedra, perdeu os dentes, cultiva dread de pedinte, tá mais parecendo canibal de desenho oitentista, montou o Cavalera Conspiracy com o irmão querido, Andreas divide palco com Chimbinha, Derick Negão tod@s tem medo, Sepultura hoje é uma merda, Axl Rose foi a melhor piada do Rock In Rio e eu odeio Foo Figthers! Beyjos.

Myspace: Sepultura

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Sepultura - Roots (1996)

30.10.11

Tumbero - Toscore - EP(2011)





Tumbero é uma banda de hardcore oriunda lá da cidade de Cambuí-MG. Os lyndos soltaram seu primeiro EP, intitulado "Toscore", há alguns meses atrás. Gravado ao vivo e posteriormente mixado em estúdio, o registro possui 6 cantigas, bem aos moldes "hardcore sem frescura", ou seja, rápido, cru e com letras fortes, com fortes pitadas de grindcore. Se tu é fã de Ratos de Porão e coisas do tipo, recomendo esse registro, que pode lhe causar fortes distúrbios na mente se ouvir seguidamente em volume máximo. Mas se você, querid@, tem medo de dormir à noite com a luz apagada, e com isso sofre de insuportáveis insônias e fica vagando por aí, nas noites em botecos e cabarés elegantes da cidade, vous passar uma simpatia finése, indicada por Pai Arnapio, para que esse mal saia de vez de sua vida. Você presisará de pegar 7 jatobás, colocá-los em seu quarto por 1 mês. Após isso, triture as frutas num liquidificador, misure com gel e passe no cabelo, deixando agir por 7 dias. Quando a carniça estiver insuportável, ao ponto das pessoas te xingarem e baterem em você com filêpa de pau, raspe a cabeça e grite, girando os cabelos cortados dentro de uma sacola, a seguinte frase: "Agora estou limp@ e não cheiro carniça, durmo no escuro até comendo linguiça". É fazer certinho e tu via ver os lynos resultados da simpatia. Beyjos!

Myspace: Tumbero

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Tumbero - Toscore - EP(2011)

24.10.11

Decibéis Debilóides




Chegou sem capa, veio com cantigas faltando(eu acho...), não sei o ano do registro, algum raparigo bem intencionado nos deixou o link para baixar esse registro e eis que aqui está, um registro de uma banda de hardcore "dazantiga" daqui de Goiânia, falo do Decibéis Debilóides. A banda contava com dois vocais, Eduardo e Lorena, letras em português altamente explícitas, provocantes e resistentes, acima de tudo. A capa em questão foi retirada da coletânea HC SCENE 2(ao que me parece o nome no encarte está errado ou foi modificado depois, não sei o certo...), e tenho certeza que algumas dezenas de dinossauros quando avistar essa lyndeza por aqui, vão chorar copiosamente, relembrando de tempos de domingão da brodage, cantoria, escola técnica federal de goiás, ginásio de campinas, joãozinho mercês, troca de cartas, tretas, falta total de estrutura e etc. E pra galera mais nova, que ama mais visual, fotos e "status", recomendo conhecer um pouco mais da história do harcore goianiense, ouvindo e conhecendo bandas como essa e outras que no decorrer dos meses iremos postar como forma de resgate. Beyjos, meus queridos!

Myspace: não...

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Decibéis Debilóides

21.10.11

Division Of Terror - The Madness Of War - Demo(2011)






Division Of Terror é um conjunto formado nesse caótico ano de 2011 na cidade de São Paulo. Com David Andrade na guitarra/vocal e Denilson no comando das baquetas, a dupla mescla o apocalíptico grindcore com o maléfico death metal em suas lyndas cantigas. Essa cabarezágem pode ser encontrada no primeiro registro dos bacharéis, a demo "The Madness Of War" contém 5 suaves músicas, com inflências claras de Napalm Death, Agathocles, Krision(a banda nacional mais "humilde" que existe!!!), Terrorizer e demais belezuras adjacentes. Com letras que abordam temas como a decadência humana, os horrores da guerra, o consumismo desenfreado, os raparigos possuem uma demo de uma qualidade muito boa, excelente pra você que ama barulho de obras civis. E é o seguinte, se tu é um desses cabras que empresta dinheiro e nunca recebe o ordenado, vou passar aqui uma simpatia que va resolver esses problema de vez, essa aqui é uma simpatia indicada pelo grande Mestre Bita do Barão, residente da pacata cidade de Codó-MA. Você irá fazer o seguinte: Escreva o nome do infame que lhe deve em três papéis, em cada um embrulhe com uma moeda de 1 real. Deixe guardado em uma gaveta por 7 dias. Após isso, retire as moedas da gaveta, enterre-as próximo de um pé de bananeira e regue todos os dias. Ao receber a dívida, desenterre as moedas e beba essa grana toda em doses no terminal, pegue o ônibus mais lotado, desça em um ponto qualquer e volte à pé pra casa. Banhe seus pés cheios de calos e feridas com álcool com arnica e quando sentir sua alma desgrudando de você, pronto, a simpatia está toda feita e nenhum frango das costa lascada irá dever mais nenhum centavo pra ti, é seguir certinho as dicas e tentar ser feliz. Beyjos, lyndos(as)!



Myspace: Division Of Terror

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Division Of Terror - The Madness Of War - Demo(2011)

20.10.11

Necrofilia - Forças do Mal - Demo(2011)




Necrofilia é uma banda de speed/thrash metal formada em junho de 2011, na cidade de Plantaltina-GO. Com o intuito de resgatar as raízes oitentista e tal, a rapaziada soltou uma demo, intitulada "Forças do Mal". A bolachinha contém 4 cantigas lyndamente cantadas em português, gravação que lembra os tempos difíceis, eco nos vocais, gravação suja e tudo mais. Se tu é um amante de thrash metal, das roupas de lycra coladas propositalmente rasgadas nos joelhos, é um apaixonado pelos cintos das balas de plástico, mas tu tem um grave problema que lhe impede de gritar e ser vocal de uma banda, você tem voz de negão de periferia e não consegue nunca, dar aqueles gritinhos afinados característicos do estilo. Pois bem, amigo, vou aqui passar uma simpatia adquirida lá no terreiro de Mãe Lindauva de Oxossi, é o seguinte: Você terá que pegar um quilo de bosta de gato enterrado, duas romãs, pimenta malagueta em pó e uma camiseta do Whitesnake. Coloque todos os ingredientes na panela de pressão, menos a camisóla, e deixe cozinhar bem. Quando você sentir aquele gostoso cheirinho, desligue, coloque tudo em uma banheira com pétalas de rosa, banhe com a camiseta vestida, vá para uma praça e depois grite por 100 vezes a seguinte frase: "Papai, papai, eu estou fedendo e sou mal, quero a minha voz fina pra cantar thrash metal.". Pronto, meu lyndo, você que antes era um niggaz jogador de basquete, agora será um profanador tosco, que dentre outras coisas, será um profundo apreciador de catuabas e de bebidas fynas. Beyjos meus amores, até logo!

Myspace: Não...

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Necrofilia - Forças do Mal - Demo(2011)

16.10.11

10 Anos de Insetu's - Uma década de resistência(Parte II)

E aí negadis, tudo na paz de Jah? Pois é, voltei pra terminar a resenhéx(parte II) dos 10 anos de Insetu's Produções, comemoração essa, ocorrida no último dia 1º desse lyndo mês. Os palcos, intercalados da noite, além de uma ótima sonorização e luz, homenageava duas lendas do verdadeiro underground goiano, de um lado o palco Hocus Pocus, palco esse que mencionava com muita honra a loja mais underground da cidade, uma lembrança mais que justa à loja que tanto apoia os eventos aqui da cidade e ao Juninho, guerreiro que sergue firma com a sua loja de quadrinhos. Do outro lado, o palco HC-137, homenageando a lendária banda punk/hc daqui da capital. Bom, com essas menções honrosas das mais dignas, bandas finéses batalhando dentro dos teatros e público bem bonito e bêbado, a noite seguia tudo nos conformes. Seguindo os relatos acerca das apresentações, subia em um dos palcos, a banda punk do DF, Os Maltrapilhos. Os candangos agitaram os derrotados presentes, fazendo um show bem clássico e com discursos fortes. Gosto da postura, do visual e das cantigas, dos já não joviais. Conversa vai, conversa vem, o tiozim fedendo bosta seca deixando seu gostoso aroma por onde passava e devido toda a correria de bauruzéx, ajuda com instrumentos e conversas com pessoal, acabei perdendo a apresentação da banda Madre Negra, uma pena, pois queria muito ter visto, paciência..., outras oportunidades virão, espero. Após a degustação dos bauruzéx por alguns belos, corria de boca em boca a notícia de que o Ímpeto(banda de hardcore daqui da cidade formada por 3 idosos decadentes e 1 gostoso sósia do Marcelo Camelo) estava bailando no palco HC-137. Por conta da triste notícia de dias antes da morte do Redson(vocal e guitarra do eterno Cólera), os bonitos fizeram um show/tributo ao Cólera. Simplismente emocionante, clássicos eram esbravejados por novos e anciãos, lágrimas, arrepios, emoção, tudo misturado naquele local fechado, com os discos da banda homenageada expostos no alto da lateral direita do palco. Digo que esse foi um ponto alto do evento, não porque foi cover, nem porquê o pessoal foi participativo do começo ao fim, mas pela lembrança de uma figura que mudou e moldou a vida de tantas pessoas através de sua música e de sua mensagem. Chorei copiosamente, ao ponto de chupar todo o meu catarro que escorria de minha venta, só pra não sujar minha lyndinha blusa. Seguindo o relato, era a hora do Agrotóxico subir aos palcos, muita expectativa desde a primeira apresentação dos rapazes nessas terras de cá, fato ocorrido lá no longínquo campus da UFG. E amigo, que apresentação agressiva, fazendo aquela cambada de mal amados irem ao delírio. Falo com toda a certeza, O show do Agrotóxico tinha que ser realizado sempre nas periferias, em lugares aonde as pessoas são esquecidas pelo governo, porque as letras, a sonoridade é apocalíptica demais, se tu bobear, tu se fode nas rodas...e foi isso que eu vi, pessoal com uma energia absurda, clássicos tocados, fazendo um passeio por toda a discografia da banda, fãs se esguelando fazendo altos stages dives insanos. Show digno e de responsa, ou seja, muito suór, contusões e um arominha de cocô que pairava pelo ar, que dava um gostinho especial em cada baile. Voltei para as minhas funções culinárias, totalmente exausto e satisfeito até então, claro. Mas a noite ainda não tinha terminado e entre uma cervejéx, uma água para hidratação do corpinho, música brega no celular e muitas risasdas, o A.R.D., lendária banda punk do Distrito Federal subia aos palcos para mandar o seu recado. Gilmar e demais dinossauros fizeram uma apresentação memorável, para joviais e idosos nenhum botarem defeito.
E eis que era chegada a hora mais esperada da noite, era a realização do sonho de muitos presentes ali, e eu estava incluso nisso. No caminho até o teatro, fui lembrando das vezes que eu ouvia escondido de meus pais, discos punks do naipe de Cólera, Ratos De Porão, Sex Pistols, Dead Kennedys e muitos outros, e o quanto aquilo era forte, diferente e o impacto que causava em mim, ao ler, ouvir e ver, letras, músicas e capas. Tudo veio em mente e quando adentrei em uma das caixas d'água daquele centro cultural, o que se podia sentir além de muita energia, era uma forte emoção saindo de todos aqueles corpos sujos, suados e machucados. O Olho Seco começava sua apresentação e fechava aquela noite inesquecível para os presentes. Fábião e a sua lendária jaqueta deixava a cada música a certeza que o punk vai ecoar ainda por muito tempo e com uma força incrível. Clássicos como "Eu Não Sei", "Botas Fuzis E Capacetes", "Todos Hipnotizados" eram esbravejados por todos, o palco se tornara um local democrático, em que lyndos e lyndas subiam, pulavam ou dividiam os microfones com muita emoção. Choros, sorrisos, satisfação, amizade, tudo misturado em coros, rodas, abraços. Pra mim, que jamais esperava ver a banda nos palcos novamente, foi uma espécie de pagação de pau mesmo, mais que qualquer coisa, admirei o show do começo ao fim, as vezes pulando, as vezes gritando ou simplismente estático, observando banda e público, numa sintonia difícil de ver. A banda fechou o show com o hino "Isto É Olho Seco" e aquele teatro segurou as pontas, pois até o tio cagado passou a cheirar alfazema, do tanto que o ar estava puro anquele exato moemnto, aquele que tinha algum exu no corpo, expulsou naquele momento de forma avassaladora Saldo final? De que os sonhos são possíveis, que a correria, a amizade, as pessoas boas, o punk, o hardcore, coisas que envolvem sentimentos e não dinheiro ou inveja, valem muito à pena, nesse mundo cada vez mais perdido e sem sentido. Walkir, Carol, Junior e todo o pessoal da Insetu's, pessoal da 3M, que ao longo dos meses que antecederam ao evento, fizeram todo o esforço, os encontros, as reuniões, as metas, as camisetas vendidas, os pequenos shows para arrecadação de verba, definição do nome do evento, do desenho do cartaz, da seleção das bandas, tudo, sem tirar nem por, um muito obrigado, pois toda essa loucura, preocupações, noites sem dormir, foi recompensado com uma noite memorável, que ficará para a história do underground goiano e que certamente daqui alguns anos e décadas essa noite será falada e lembrada em rodas, entrevistas, relatos para amigos, filhoe e netos. E se a inveja e o egocentrismo corroeu os órgãos internos de alguns que queriam ter tocado ou participado efetivamente dessa grande festa, o que pode-se dizer é que ao invés de pensarem em si próprios, tentem pensar em algo coletivo, sem preocupar-se com status, pois uma "cena" forte é feita na base da união(coisa bem utópica essa minha) e não em insinuações ou falação em tópicos de internet, pois na vida real, no dia-a-dia, a vida te cobra e você tem que ter a humildade suficiente, e saber que criticando sem argumento, será cobrado, que algo que é feito para unir. Atitudes impensáveis só faz dividir e continuar na mesma merda em que se encontra há anos. Por fim, agradeço de coração pelo público presente, pelo apoio de todos nessa dura caminhada, e podem ter certeza que mais coisas de impacto ainda estão por vir, porque desse lado existem guerreiros e guerreiras que não desistem nunca. Obrigado à Insetu's por uma das noites mais lindas dos últimos tempos aqui nessa cidade, no que diz respeito à underground, rock, punk e hardcore, que mais 10 anos venham com essa mesma força e resistência. Um grande beyjo no corção, meus amores, até mais!


Fotos por: Nati Simão

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14.10.11

RUWÄ - Ratos No Tucupi (2006)




E aí, tudo bem negadis? Chuva delícia que anda molhando os corações apaixonados dos(as) goianienses mais toscos, pedrinha com preço abusivo nas ruas noturnas do centro e muita criança fedendo cocô seco dentro dos novos veículos do eixão. Bom, venho através desse falar de uma banda que é oriunda lá da nossa querida e adorada Belém do Pará. RUWÄ (que traduzindo do hebraico, significa "manifestação popular") é um conjunto que segue a linha punk/hardcore periférico, abordando em suas cantigas, as mazelas que acontecem nos bairros afastados do centro. "Ratos No Tucupi" é o primeiro registro dos bacharéis, datado de 2006, contém 12 cantigas de puro protesto, mesclando o já citado punk/hardcore com pitadas de rock'n roll, na moral..., o discão é bom, guitarrinha finése, com toda a certeza o raparigo que manja o intrumento tem fortes influências de Aldo Sena e Mestre Vieira. E se tu, querido rapariguêro, que é conhecido entre seus amigos toscos, como "boca de fossa", "buraco de carniça" e não aguenta mais tanta mangofa com a sua cara, vou aqui passar uma simpatia finése para que esse mal suma de vez de sua vida e que você volte a bocejar tranquilamente à quilometros de seus amados sem incomodá-los. Na lua minguante, coloque dentro de um copo de água bem quente, limão, mel, três colheres de pinho sol e duas tapas de água sanitária (aqui é mais conhecido como Quiboa). Mexa bem, faça o gargulejo falando ao mesmo tempo:"Suma, suma, catinga infame e nunca mais me deixe passar por esse vexame.". Pronto, fazendo isso, tu poderá falar, beijar, dividir catuaba, cantina das trevas, velho barreiro, sem sofrer nenhum tipo de rejeição. Certim? Beyjo no coração, meus lyndos e lyndas!

Myspace: RUWÄ

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RUWÄ - Ratos No Tucupi (2006)

10.10.11

10 Anos de Insetu's - Uma década de resistência(Parte I)

Foi no sábado, 01 de outubro de 2011. Eu acordara com uma ansiedade muito grande naquele específico dia. Passou um filme na cabeça de tudo que eu, com meus poucos 27 anos de vida, já tinha passado, visto e convivido no meio punk/hardcore, seja com meu irmão, seja com seus amigos ou de meu próprio interesse por esse estilo que tanto arrebanha perdidos e perdidas nesse mundão afora. Pois bem, acerca de mais ou menos um ano, Walkir, lenda do underground goianiense e do centro-oeste(definitivamente esse é o adjetivo que melhor representa esse guerreiro), chegou com a idéia em mente da comemoração dos 10 anos da Insetu's Produções, organização que já trouxe para Goiânia bandas do naipe de ROT, Cólera, Atack Epiléptico, Vulcano e tantas outras bandas importantes do cenário agressivo independente desse país. Idéias expostas aqui, opiniões rejeitadas ou melhoradas ali, pessoas agregando ao sonho do cara, dificuldades, parcerias desfeitas e eis que conseguia-se fechar o retorno definitivo aos palcos da lenda do punk mundial Olho Seco, e isso se daria aqui na capital, o que era melhor e incrível. Minha primeira reação ao receber tal notícia foi de total euforia, emoção e muita espectativa da concretização desse sonho em ver o Olho Seco nos palcos. Os meses se passaram, pessoas criticaram, não botaram fé na parada, atitudes ridículas e invejosas foram vistas nesse meio virtual...enfim, muitos vidros quebrados foram pisados, mas a caminhada seguia firme e convicta até nesse exato dia, histórico para muitos, comum pra quem não faz parte ou não sente isso na alma. Sei que passei o dia correndo com os baurus que seriam vendidos naquela noite, passei o dia ouvindo só punk nacional, lógicamente para entrar no clima daquele lendário dia. A caminho do local, uma chuva, que há meses não pintava na cidade, resolveu cair e refrescar os lyndos corpinhos dos sebosos que iriam bailar mais tarde nos quentes teatros do Centro Cultural Martim Cererê, local mais que ideal para a celebração daquela elegante festa. Chegando ao local já era possível ver uma aglomeração de podres e mal vestidos nas dependência internas e externas do local. Amigos, amigas, seguranças, pessoal das bandas e o Paulo(baixista da banda C.R.A.C.K.), raparigo que veio na raça lá de São Paulo para prestigiar o evento. Tô pra conhecer um rapaz daquela marca, finése nas idéias e no visual(camisóla do Corre Que Jesus Voltou deu um charme peculiar para o lyndo). E aos poucos a aglomeração de pessoas ia aumentando, enquanto eu montava os esquemas para a venda dos deliciosos baurus, da barraca do chorume. Do lado havia uma caixa com o som no talo que tocava os clássicos do Cólera, uma clara homenagem ao falecimento do vocalista Rédson, o cara tinha nos deixado de forma inesperada três dias antes da realização do evento. O climão tava fyno, conversas rápidas com Eduardo(O Grito do Inimigo), Guga e André acerca daquela noite davam mais ansiedade em minha pessoa e a correria(pra variar...) não parava. Ficara sabendo com muito pesar que o Coerência, banda de hardcore melódico daqui da cidade, não iria tocar por conta de atrasos acerca da montagem de palco, som e por compomissos de integrantes do conjunto. Baurusilhos começando a ser vendidos e o Overcome dava o pontapé inicial para aquela noite repleta de expectativas e emoções. Ao adentrar no teatro percebi algumas dezenas de infelizes espantados com a banda, especificamente com o vocal capirótico de Amanda, confesso que também sempre fico boquiaberto com o contraste do visual singelo da garota com seu gutural satânico. A banda mandou bem com a mistureba de deathcore/hardcore das mais bem feitas, achei o som meio desregulado, mas a pegada forte do começo ao fim da rapaziada fez esse detalhe passar desapercebido e ainda fazendo alguns infames, ainda frios, sacudirem seus troncos de jatobá de forma bem intensa. É, a noite começara bem.
Voltei para o meu posto de vendedor de bauru, acompanhado sempre de um bom brega, num desses celulares mordenéx e tal. Conversas boas com dinossauros e novos, cheiro delicioso do bauruzéx me deixava até com frio na espinha, e eu partia todo ligeiro pra ver a apresentação do Death From Above, e amiguinhos..., Glauco, Danny e Slake estão perfeitamente lyndos no
palco, apresentação clássica mesclando cantigas antigas e novas, e é fato dizer que os moçoilos estão entre os melhores do estilo(d-beat) no país. Ao sair de dentro do teatro, chegara ao meus ouvidos a notícia de que havia um tiozim completamente cagado perambulando nas dependências do espaço, fiquei totalmente estasiado, querendo encontrar o engenheiro pra poder apreciá-lo de mais perto. Aos que me relataram o fato, a conversa era de que o odor do raparigo estava insuportável, ou seja, a noite realmente estava perfeita, com gente cagada, feia e sem esperança desfilando por ali. Entre uma ida rapidóla ao banheiro, uma cervejéx geladíssima e baratéx(fato raro e louvável nos eventos daqui da capital), piriguetada com meu amor, eu ia trombando com figuras como o incansável e não menos lendário Felipe CDC, Totors(Innocent Kids), o Tiranossauro Rex Israel, Gilmar(A.R.D.), Chiqueirim e o lendário e elegante Meleca, todos com expressões felizes em suas faces. Parti pra ver a apresentação dos comparsas do Abalo Sísmico, galera que representa com muita honra as periferias de Aparecida de Goiânia através do hardcore/punk. Era a primeira vez que os bacharéis subiam aos palcos do Martim Cererê e os quatro garotos, que não eram de Liverpool, vomitaram toda a ira contra o sistema e sociedade em cantigas rápidas e cantaroladas fora do tempo pelo insano Muhamad. Stopa, na batera, se deliciava na arte de escapulir baquetas durante as músicas, enfim, apresentação digna para os que entendem e assimilam a mensagem que a banda passa.
A noite seguia perfeitamente bem e chegara aos meus sensíveis ouvidos a notícia de que o Sangue Seco estava fazendo a negadis bailar até fazer sabão nos pés. Cheguei e vi um show impecável, Eduardo, Guga, André e Aurélio esbanjavam emoção e alegria por tocar e dividir
aquela noite com a lenda Olho Seco. Mesclando músicas já conhecidas com cantigas novas que farão parte do próximo álbum do conjunto, a apresentação foi uma ode ao punk, com discursos curtos emocionados, referência ao saudoso Rédson, público satisfeito e o tiozim cagado deixando seu rastro por toda a parte. Voltei novamente para o balcãozinho pra peparar mais uns rangos pra galhere, algumas moças ouriçadas com a presença do batera Pedro do Agrotóxico/Kaos 64 ali pelas imediações do bar, alguns stencils em uma lona exposta próximo à portaria davam uma destacada legal no visual externo. Corri igual um lascado véi pra ver o Tarja Preta, banda da nova geração daqui da cidade que faz hardcore agressivo e sem frescuras. E foi isso que os infames presentes puderam ver da apresetação dos rapazes, com um vocal altamente agressivo, cover de Ratos de Porão que deixou a galhere mais entusiasmada e uma apresentação simples e digna, já que os joviais também estreavam nos palcos daquele teatro. Uma leve desconjuntura intestinal me fez ausentar e suar muito em um banheiréx mocosado por alguns looongos minutos.
Passado o sufoco e aliviado, resolvi beber mais algumas cervejas, jogar conversa fora com alguns conhecidos e descansar um pouco de toda a correria que estava sendo até então, de fazer baurus, ver shows, tentar fotografar, guardar instrumentos, ufa!
A noite estava agradável ao extremo, refrescante por causa da chuva que havia caído mais cedo, nostálgica pela presença de velhos amigos e em meio à essas
sensações, o Descarga Negativa subia aos palcos para destilar o seu veneno. Walkir com toda a correria que aquela noite estava lhe proporcionando, conseguiu separar um tempo para fazer uma das coisas que mais gosta, expor pra fora toda a indignação, raiva e falta de esperança nos vocais de sua banda, que voltou com tudo recentemente à ativa e isso foi muito bem visto pelos presentes. Apresentação curta e muito intensa, papo reto e sem frescurinhas, pra quem conhece Walkir, Junior, Stopa, Josias, e Taufic, sabe que a postura não seria diferente, gostei muito do que vi, daqueles, que acima de tudo, são meus amigos. Bom, essa foi a primeira parte desse lendário dia para a "cena" goiana, se gostarem, beyjo no coração, se não..., beyjo no coração também.

Continua...


Fotos por: Nati Simão

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5.10.11

Gerações Perdidas - Demo(2011)





Gerações Perdidas é uma banda da nova geração daqui da cidade de Goiânia que segue e difunde o punk/hardcore. Formada nesse ano de 2011, os joviais soltaram recentemente a primeira demo do conjunto, com letras em português, influências claras do punk/hardcore nacional e boas pitadas do punk filandês. A demo contém 8 músicas que abordam o descaso com as questões ambientais, a mídia manipuladora de opiniões, a crueldade das guerras e a falta de esperança que está cada vez mais enraizada no ser humano. Registro muito bom pra você que curte punk, hardcore, música rápida, sem frescuras e com mensagens fortes. E se você anda com sérios problemas com gases, o popular peido, não pode nem bocejar que já afrouxa as pregas, vou passar uma lynda simpatia pra que você controle esse infame e impiedoso mal. Você terá que adquirir duas batatas de purga, ingeri-las em dois dias consecutivos e logo em seguida quando você defecar até ficar todo desidratado, pegue a massa que você depositou na privada, coloque na panela de pressão e depois ofereça todo o produto para Iemanjá, se tu não mora em litoral, vá para o córrego mais próximo e jogue toda a oferenda antes do meio-dia. Pronto, você agora poderá rir tranquilamente em rodas, sentar nas poltronas com todo o impulso necessário e possível, pois a partir de então tu irá controlar com muita maestria os malditos gases oriundos de seu sagrado ventre. Certinho, meus amados? Beyjos e até logo!


Myspace: Gerações Perdidas

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Gerações Perdidas - Demo(2011)

28.9.11

Entrevista - Marcos(Agrotóxico e Olho Seco)




Moçada bonita e querida, estou aqui pra falar que no próximo sábado(01/10/2011), o Centro Cultural Martim Cererê, localizado aqui em Goiânia, será palco da comemoração de 10 anos da Insetu's Produções, que durante esse período resistiu bravamente, remando sempre contra a maré e proporcionando ao público goianiense(repleto de picuinhas) alguns shows lendários, exemplos? Vulcano, Atack Epiléptico, Cólera, ROT, Chakal entre outros. E nesse ano de 2011 Walkir e demais cheirosos resgatam de vez a nostalgia punk, perdida no tempo, com a volta definitiva aos palcos da lendária banda paulista Olho Seco, acompanhada dos comparsas do Agrotóxico. Logo abaixo segue um papo realizado pelo pessoal da Insetu's com o guitarrista Marcos em que ele fala da expectativa do show, músicas novas, influências e coisas mais. Fiquem na paz de Jah, meus amores e uma boa leitura. Beijos.

Insetu's: Como está sendo e o que representa pra vocês o retorno do Olho Seco?

Marcos: Está sendo muito legal. É ótimo poder reviver os momentos que passamos com nossos amigos Fábio e André, tocar os sons antigos e enfim, poder fazer shows e rodar o Brasil com a banda.

Insetu's: Há mais ou menos um ano o Agrotóxico esteve em Goiânia no festival Perro Loco. O que vocês acharam deste festival e o que esperam para este evento(Insetu's Contra Atacam)?

Marcos: Foi muito legal, ótima organização, público participativo e enfim, o que um show precisa ter pra ser legal. Estamos esperando o mesmo nível da vez passada, muitas novas amizades e cervejas geladas.

Insetu's: Há bastante tempo acompanhamos a trajetória do Agrotóxico, no nosso ponto de vista trata-se de uma das bandas mais representativas e expressivas na atualidade. Como vocês encaram isso?

Marcos: Primeiramente agradecemos pelas palavras. Estamos apenas trilhando o nosso caminho, tentando abrir portas, criar novas oportunidades e enfim, interagir com o maior número de pessoas possível e fortalecer a cena punk ao redor do mundo.

Insetu's: Para quando poderemos esperar uma nova gravação com músicas inéditas do Olho Seco?

Marcos: Nossa volta é recente, à bem da verdade, Goiânia será o primeiro show e, portanto, ainda não começamos a compor nada novo, mas o que conversamos entre nós é que isso deve começar a acontecer no início de 2012 e assim, dá pra esperar algo novo ainda no ano que vem.

Insetu's: Em 1999 o Olho Seco fez sua primeira turnê européia, já existe alguma programação para uma nova turnê nesse retorno da banda?

Marcos: Por enquanto apenas especulações, mas, sem dúvida, é um plano que pode tomar corpo nos próximos meses.

Insetu's: Da década de 80, no início do Olho Seco, quais eram as dificuldades? E para os dias atuais o que mudou?

Marcos: Essa pergunta deveria ser respondia pelo Fábio, o único remanecente dessa época, mas posso te dizer que a falta de estrutura, a desorganização, a falta de espaços e as brigasrecorrentes eram provavelmente os maiores problemas da época.

Insetu's: Quais são as influências do Agrotóxico, e como os membros contribuem com a banda?

Marcos: As influências mudam de acordo com o que você vai ouvindo no decorrer dos anos, mas acho que as bandas filandesas como Rattus, Lama, Appendix e outras, Varukers, GBH, Asta Kask estão entre as principais.

Insetu's: O que vocês conhecem e esperam da cena goina?

Marcos: Particularmente eu, Marcos, me lembro de grnades bandas como Desastre e HC 137. Nossa rápida passagem por Goiânia nos deixou a impressão bem legal, a qual esperamos rever.

Insetu's: O que está significando pra vocês, este retorno junto ao Olho Seco?
Marcos: Motivo de orgulho e alegria. Muito antes de tocarmos com o Olho Seco, éramos fãs da banda e, portanto, hoje fazer parte dela é gratificante.

Insetu's: Nós da Insetu's agradecemos pela entrevista, e deixamos este espaço aberto a vocês...

Marcos: Agradecemos pelo espaço, pelo convite e pelo aniversáiro da produtora. Torcemos para que a cena goiana se fortaleça ainda mais e contamos com o apoio e a presença de todos. Up the Punx!

Vídeo de divulgação dos 10 anos de Insetu's Produções.


R.I.P. Redson Pozzi(Cólera)





Uma música, um côro, um refrão, um acorde, o Cólera não foi simplismente uma banda punk de protesto, foi além, foi e é uma filosofia de vida para muitos, seja através das letras que sempre passaram uma mensagem de esperança, de luta e de não se render ao inimigo, seja pelo fato de instigar a mente de quem ouve as cantigas. E por trás disso tudo estava o incansável, humilde e humano, acima de tudo, Redson Pozzi, pessoa que mudou o rumo da vida de milhares de jovens sem rumo de tantas periferias espalhadas por esse Brasil, mudou através da música, usando o punk como uma ponte sem fim para expor sua revolta, sua ira contra o sistema, contra os políticos e a favor da massa, dos oprimidos, daqueles que passam fome e frio, que escondem as frustrações atrás de drogas baratas. Redson nos deixou, e deixou mais, a lição de que não se render a ninguém, lutar e acreditar nos sonhos, ter esperança de um mundo melhor é sempre possível. Obrigado por tudo Redson Pozzi, ou simplismente Redson, descanse em paz.