31.3.14

Fanzine Velho Rabugento #69 - Abril/2014

Eis aqui a nova edição do Fanzine Velho Rabugento, folheto conhecido dentro do subterrâneo nacional e que chega de forma resistente à publicação de número 69. Neste exemplar conta com entrevistas com as bandas Rallye, Disordia, AQUëLES, Ideocrime, Colligere e Dropped Out, além de colaborações deste blog, Sonidos Rabiosos, papo rápido com a lenda Canibal (Devotos), divulgação de trabalhos de cabras do naipe de Vini Costa (Lápis da Insanidade) e Douglas Adelfo (que assina a capa do fanzine).
Interessou e quer adquirir um exemplar pra ler no conformo do trono do toalete?

Mande uma mensagem para: velhorabugento@gmail.com

Página do Fanzine: Velho Rabugento

O Velho Rabugento está com um blog que também rola de dar aquela boa conferida: http://zinevelhorabugento.blogspot.com.br/

Baixe a versão PDF do fanzine aqui:












27.3.14

Heineken Monstro Rocks! #03 - Galinha Preta (DF) em Goiânia


A TERCEIRA EDIÇÃO DO HEINEKEN MONSTRO ROCKS! APRESENTA:


VERO HC

DATA: 12 DE ABRIL (SÁBADO)
HORÁRIO: 19 HORAS
LOCAL: CENTRO CULTURAL MARTIM CERERÊ (RUA 94 A, SETOR SUL, GOIÂNIA)
VALOR: R$ 15 (ANTECIPADO) / R$ 20 (BILHETERIA DO EVENTO)








26.3.14

V VINIL S.A. - FEIRA DE DISCOS EM GOIÂNIA


V VINIL S.A. 

FEIRA DE DISCOS - VENDA / TROCA / EXPOSIÇÃO / DISCOTECAGEM

DJ'S: ALEXANDRE PERINI // MAURO METEORO // TONY SEDEX

E MAIS: BICICLETAS ANTIGAS / CARROS ANTIGOS / DECORAÇÃO VINTAGE

DATA: 06 DE ABRIL (DOMINGO)
HORÁRIO: 10:00 - 13:00 HORAS
LOCAL: CEPAL DO SETOR SUL (GOIÂNIA
ENTRADA FRANCA
LINK DO EVENTO: https://www.facebook.com/events/276081965886662/

PENTACROSTIC (SP) PELA PRIMEIRA VEZ EM GOIÂNIA


METALLIZED PRODUCTIONS APRESENTA:

PENTACROSTIC (SP)

SPIRITUAL CARNAGE (GOIÂNIA)
LUA NEGRA (CALDAS NOVAS-GO)
DIABOLOUS (ANÁPOLIS-GO)

DATA:09/05 (SEXTA)
HORÁRIO: 22 HORAS
LOCAL: DCE-UFG 
VALOR: R$ 10 (ANTECIPADO)


25.3.14

Lo-Fi - Long Hair Cold Drinks - EP 7'' (2014)


Enfrentar ônibus lotado no período matutino é cruel e uma das maneiras que eu faço pra aliviar a pressão de lidar com o coletivo-sardinha é a velha fórmula do foninho-com-sebo-de-ouvido e eme-pê-trêis. A banda seleta desta feita foi a paulista Lo-Fi, que já figurou nas páginas deste sítio e que eu tenho um afago bom pela sonoridade destes cabras. 
O trio formado por Rogério (cordas grossas / gargarejo), Thiago (cordas finas / tenor) e Marcelo (batucada) e oriundos de São José dos Campos/SP, lançou neste mês de março o disco "Long Hair Cold Drinks", um 7'' ep que conta com 8 cantigas. Rápidas, curtas e mesclando hardcore / punk com rock psicodélico e boas pitadas de country, as músicas ganharam vários repeats em meu pequeno eletrônico portátil. O disco abre com a incrível "Cowboy Band", dançante, boa de ouvir enquanto o sol sapeca os côro e a bibida refresca o bucho, em seguida a boa dupla-sequência de "She's a Stripper" e "The Separation of Music and Sports" (cantiga que mais agradou os meus surrados tímpanos) mostra o bom entrosamento e sintonia da banda, o amadurecimento sonoro dos cabras (em comparação ao trabalho anterior) com excelentes composições e consistência sonora. Em "Naugthy" o hardcore sem alívio toma de conta em quase 50 segundos e tira o fôlego do pulmão nicotinado. "No Right" tem uma guitarrinha malandra com uma pegada southtern acelerada que deixou este seboso relator apaixonado com essa sonoridade rockista saudosista. A sequência super-frenética das músicas "To The One I've Shouldn't Love So Much" / "Who Needs A Teacher?" mostra que a sujeira sonora está presente e enraizada neste talentoso triêto do submundo com holofote escasso. Por fim, o redondo termina com "Ultra Cosmic Blues", recomendo ouvir isso depois de uma boa sessão de papelote de ácido e bebida destilada. O disco está magnífico, com letras em inglês, vocal poderoso, instrumentais muito bem elaborados e o rock selvagem ganha um bom destaque, neste que já é um dos melhores lançamentos deste ano dentro do underground nacional.
O disco leva a assinatura de Fernando Sanches (Estudio El Rocha, O Inimigo...) na produção, o que deu uma requintada master na sonoridade e tem a golpista Läjä Rex como o selo que apoiou o lançamento dessa safadagem. Lembro ainda que este trio maluco lançou uma belezura de cerveja chamada "Ultra Cosmic Beer", boa pra beber ouvindo esta boa bolachita sonora de 7 polegadas.



Página da banda: Lo-Fi



Ouça o 7'' "Long Hair Cold Drinks" aqui:
http://lofipunkrock.lojaintegrada.com.br/ultra-cosmic-beer


Baixe o disco aqui:

Cito ainda que o vocalista desta linda banda possui um talk-show podrão dos mais massa, aliás, veja essa entrevista-aula-aprendizado com o Jão do Ratos. 

21.3.14

É só uma questão de distâncias: medo, bucho cheio, rock e mais-vida no Rio Grande do Sul

No primeiro final de semana de Março embarquei numas com meus companheiros de banda e vida do Ameaça Cigana. O desejo era antigo, os convites igualmente, mas a vergonha na cara e a disposição propriamente dita só deram margem nessa época e lá fomos nós, cruzar o médio do mapa brasileiro rumo ao Rio Grande do Sul pra quatro shows em míseros três dias.
Como não tenho absolutamente nada pra fazer e, repito, o desejo era antigo, estacionei minhas patas em solo porto alegrense um dia antes dos demais, extremamente bem recepcionado pelo chapa quente Daniel Villaverde e desde já abraçado pelas iguarias culinárias da localidade. A cultura do Buffet me ganhou logo de cara, fiquei gordinho a mais e fomos olhar discos, beber cerveja local, visitar a belíssima Casa de Cultura Mário Quintana e turismices mais. Apaixonei-me de cara pela cidade, e olha que era só o primeiro dia.

Sexta feira já fomos logo cedo surpreendidos pelo signor baixista Eduardo e tocamos o barco pra rua, num role turístico completo com nosso guia local. Sorvete de sabores exóticos, milk shake de abóbora com coco, suco no jarro de liquidificador às margens do Parque Farroupilha, almoço simples mas maravilhoso no antológico bar Ocidente, pernadas e mais pernadas atrás de mais comida e dali a pouco já era  hora de buscar os outros dois homens bons no aeroporto. Já estávamos bebinhos de cerveja artesanal do Lagum, agradabilíssimo local que, não satisfeito em ser foda por si só, ainda tocava um Ghost de ambientação. Qualidade de vida!
Bom, pegamos os xovens, e rumamos para o Black Stone, local do primeiro show. É engraçado como a gente precisa cruzar o país pra se dar conta que, de fato, o som do Ornitorrincos não é clichê nem romantismo barato. O local era um estúdio pra ensaio (amigos de casa, imaginem um Old Studio cheirosinho e mais espaçoso, com estúdio pra tattoo logo ao lado e poucos espaços a menos pra convivência). O som tava impecável, um tanto razoável de gente apareceu e a Vírus Korrosivus começou a festa, sapecando um crust corrido meio Disrupt (rolou um cover, inclusive) com nuances de hardcore Japa e Britcore. Meu destaque aqui vai pro baterista, um ogro destruidor de mundos. Pouca economia, do jeito que eu gosto. A essa altura o povo já se arrancava no bom espaço destinado pro pit e nessas saí pra pegar uma gelada e refrescar o pêlo pra logo mais.


Hora da ação. Tocamos nosso set completinho (uma música a mais, repetida, pedida por um louco que não me lembro agora) e acabou-se a ânsia doida pelo primeiro show. Achei que o nosso cover de Kleiton e Kledir seria mal aceito, mas, ao contrário, o povo levantou as mãos e entrou no clima. Hospitalidade nota mil! É legal sair de casa, ir lá pra longe e se dar conta que reclamar do corriqueiro é idiotice, porque em todo canto a realidade do subterrâneo é a mesma. Impressões mais que positivas, boas vendas na banquinha improvisada pelo Pícaro no pós-show e hora de descanso, mas, claro, antecipado por um maravilhoso Xis com fritas no Cavanhas.
Sábado acordamos relativamente cedo, eu e Dudu na casa do Villaverde, Pícaro e Ramalho na casa do Homero, camarada que sempre hospeda transeuntes apadrinhados por Villa em suas empreitadas mil. Embromações à parte, o ponto de encontro foi o Buffet vegetariano numa praça central que esqueci o nome. Comida saudável pra remediar os excessos da noite passada e fomos eu, Ramalho e Dudu estacionar o bucho cheio na praça à espera de Júlia, nossa carona até Caxias. Villa e Pícaro iriam de trem.
Esperamos, voltei no vegetariano pra dar uma cagada, olhamos uns discos de um tiozinho na praça, começamos a beber, esperamos mais um pouco e logo chega Júlia e seu namorado, amores de pessoa, extremamente prestativos e pacientes com as piadas idiotas da dupla dinâmica Lucca-Eduardo. A viagem foi prazerosa, o frio das serras começou a bater de leve e combinou bem com o Sebadoh no toca cd do carro. Um ponto baixo que foi a perca do celular do Dudu quando paramos num posto, mas fodase, o rock ta aí é pra fuder a vida da pessoa mesmo.

Chegamos em Caxias, e, amizades, que cidade! Já fiquei no entusiasmo logo de cara porque o show seria num local chamado GALPÃO GAUCHO, repleto de pôsteres de locais com suas vestes de tradição, Teixeirinha com chimarrão na boca, anúncios de bailes próximos e aquela presepada gauchesca séria E tosca que a gente adora. Tiramos umas fotos por ali, conversamos um pouco com o Gregory, responsável pela organização do show, e fomos passear atrás da tal fonte que jorra vinho, tradição em época de Festa da Uva.
Nesse trajeto o encanto com a cidade só aumentava. Tava aquele friozinho bom pra xamego, figuraças nas ruas, Polar gelada nas mãos e chegamos à tal fonte, que realmente, era roxa e tinha xafariz do líquido, dando um ar bonitinho pra coisa. Pícaro, imundo que é, meteu o dedo naquela água suja com cheiro de Tang e passou na boca pra ver que gosto tinha. Deve ter pego umas doenças, mas, ta certo, turismo é isso aí. Na volta degustamos mais um delicioso Xis, acompanhado de bolinhas de queijo e polenta frita e voltamos às pressas pro local do show.
É difícil dizer se tinha muita gente porque aquele local cheio devia caber umas 500 cabeças fácil, mas a agitação de quem tava ali beirando o palco dava um clima bom pra coisa. Destaco, entre as três bandas de abertura, a de Gregory, chamada Anomalia Social. O menino era um hiperativo meio Darby Crash com malária. Se deu banho de vinho, agitava insanamente, gritava, esperneava e puxava o bonde da banda, que não me agradou tanto por um lado, mas encantou pelas estripulias do jovem talento. Toda cidade tem o GG Allin que lhe cabe, né? Falta gente assim no mundo.

Nossa hora de tocar e lá fomos nós. Subimos no palco gigantesco, som ÓTIMO e muito bem regulado pelos locais e, na minha opinião, ali aconteceu a melhor execução desde que entrei pro grupo. Tocamos soltos, guiados por um paredão de PA digno de show do Kiss e assim a coisa fluiu, perfeitamente. Eduardo disse que tomou uma mordida no braço durante a festa (possivelmente pelo doido do Gregory, mas não tenho certeza), e os poucos presentes à essa altura agitavam legal, dando um clima mais uma vez hospitaleiro e positivo pro show. Pícaro fez boas vendas na banquinha (o interesse do povo de lá me surpreendia, inclusive), e era hora de desarrumar os resquícios de rock pro bailão gaúcho começar no ressinto. Devo, contudo, ressaltar o carisma da mãe e da tia do Gregory, que serviram um arroz com feijão DELICIOSO após o show. Parecia um sonho. Toma, mãe! Toma, pai! To viajando, comendo do melhor, rindo pra vida... É o rock! Como tudo tem dois lados, a empreitada tava boa demais pra ser verdade. Mal sabia a infelicidade e os delírios de logo mais...
Comemos bastante o melhor feijão do mundo, ficamos fortinhos, e Gregory junto com seu amigo louco suicida (que eu não sei o nome; que toca guitarra na banda dele; que ainda será mencionado nessa história) nos deixaram na rodoviária, e lá, adivinhem? Não tinha mais ônibus pra POA. Como proceder? Pensamos em descolar um hostel podre e ficar por ali, idéia inviável pela alta temporada da cidade e possíveis altos preços mencionados pelos conterrâneos. Discute aqui, embroma ali, até que Gregory e seu amigo sugerem: “Vamo pra colônia!”. Segundo eles era uma casa bem afortunada localizada numa cidade vizinha  – Flores da Cunha, se não me engano -, bastante espaçosa, praticamente cedida por não sei quem aos guris e que comportaria nossos sonos numa boa. Vamos lá, né? Desenrolaram mais um carro, todos à postos, eu bem cansado e doido por uma caminha, e lá fomos nós: Lucca numa pampa com Gregory, eu, Villa, Dudu e Pics com o louco.
Olha, não sou muito de ter medo da morte. Mas dessa vez... A estrada era extremamente sinuosa, cheia de curvas fechadas com altíssimos abismos nas bordas (como o próprio motorista carinhosamente nos disse, “se sair da pista, boa sorte”), e o velocímetro apontava 120 sem dó. Ultrapassagens perigosas, cu na mão, e olha que o Dudu se ofereceu pra tomar o posto, mas o rapaz insistia: “Tá tudo bem. Eu conheço essa estrada”. Imagine uma meia hora disso. Nós quatro estáticos, um olhando pra cara do outro sem saber o que fazer, e o menino se divertindo no volante. Chega logo, Colônia!! Chegou! Tô vivo, porra! Dei um abraço no Dudu, respiramos aliviados e entramos na imensa casa, isolada, cheia de móveis antigos, muito bonita. Jogamos uma sinuca, conversamos fiado, o louco ainda tocou um violão e fomos dormir. Ufa!
Domingão acordamos cedo, ainda estáticos pela aventura da noite passada, e conduzidos por mais meia hora de aventura do doido do volante (ele fez na volta exatamente as mesmas estripulias da ida; na noite passada achava que era porque ele tava bêbo, mas na manhã do domingo me dei conta que ele é meio doido mesmo), chegamos na rodoviária, e depois de um lanchinho, embarcamos de volta pra POA. O dia seria extenso. Dois shows, Campo Bom e Canoas. “Se não morri ontem eu não morro mais”, pensava eu. Vamos lá.
Quase chegando a POA o ônibus estragou, e isso foi motivo pra celebrar porra nenhuma através de mais ampolas de Polar num posto às margens. Uma hora de enrolação, chega um novo ônibus, e finalmente aterrissamos na capital, com horário apertado pros compromissos de mais tarde, mas com algum tempinho à disposição pra dar uma cagada e tomar banho. Dois pra lá, dois pra cá, e logo estávamos avante ao trem rumo Campo Bom.
No domingo, desfecho do magnífico passeio, foi tudo muito rápido. Chegamos a Campo Bom de tardezinha, mal deu tempo de fazer uma visita à praça e Villaverde já liga na urgência dizendo que o Ornitorrindos ia começar a tocar. Oba! Além de tocar e passear (não necessariamente nessa ordem), um dos agravantes desse passeio, pra mim, foi poder vê-los ao vivo. Vale lembrar que o local era um centro cultural auto-gestionado por atuantes locais, ótimo para shows de pequeno porte como esse. Toda a renda, inclusive, foi destinada à manutenção da casa, que passa por sérios problemas financeiros. Justo.
Munidos de mais latões de Polar, assistimos os Ornitorrincos. Genial! Toda a expectativa foi alcançada com sobras e finalmente minha larica pela banda ao vivo foi sanada. Clássicos absolutos como “Secuestre el encargado de correos mas acerca de usted”, “Agora sim eu me importo” e “O homem louva o louva deus” estavam no set e fiquei cantando junto, lembrando de quantas bad trips essas músicas já me tiraram. Alegria pro coração do peão e lá fomos nós tocar de novo.

Mais uma vez situando os de Goiânia, o espaço pro show era tipo um Capim Pub quando era lá em cima, só que mais espaçoso pra frente e pros lados e com cerveja sempre gelada (hehe). Tocamos para um público tímido, até razoável em quantidade, mas estático no balanceio. Villa disse que achou esse nosso melhor show.  Sai satisfeito, feliz por ter contribuído de alguma forma pra reestruturação do local e reflexivo por me dar conta, mais uma vez, que de norte a sul do país a dificuldade é sempre a mesma. Deu um orgulho pessoal de fazer parte dessa conexão subterrânea, confesso, e logo fomos presenteados com pães franceses e uma deliciosa panelada de soja. Comida! Vitória!!
Depois de uma zoada e cervejas a mais no local, agradecemos, nos despedimos e  zarpamos com Lucas, batera do Ornitorrincos e que tocaria com o Entre Rejas em Canoas. Mais um coitado que agüentou as piadas infames, mas aceitava numa boa. Uns 40 minutos de chão, cansaço já visível nas faces podres e chegamos em Canoas, que é pra Porto Alegre mais ou menos o que Trindade é pra Goiânia. O Wender, camarada de alguma data, era o responsável pelo show. Tudo em casa.
Chegamos e quem tocava era o Motor City Madness. Que banda!! O lance soava como um Motosierra melhorado (sério!), extremamente bem executado e com um punch de som digno de quem sabe regular pro que toca. Fudido! Altão! A típica banda que teria fãs a rodo em Goiânia.
Ah, o local. Outra vez, um estúdio. Mais uma prova de que a escassez de locais ta fazendo os responsáveis recorrerem a isso. Acho ótimo. O som é sempre bom, o espaço (pelo menos nesse e no caso de Porto Alegre) era suficiente pra suportar os médios/baixos públicos do nosso meio, e o melhor, os donos costumam ser justos nas negociações. Nesse caso de Canoas, mais uma vez, o som tava redondinho, batera tinindo (para a minha alegria) e aquela velha sensação de “se só tem tu, vai tu mesmo. E não é ruim não!”.
Depois do arregaço do Motor City veio o Entre Rejas, banda clássica da região. Tocaram um set relativamente curto e de músicas curtas, soando com um Discarga pampa. Rapidasso! Seein Red nessa porra! Gosto de banda assim. Vocal falado, músicas na velocidade de luz sob eficiência de um Power trio entrosado e tocando sem falhas. Mais cervejas, mais conversa, um intervalinho de nada e chegava a nossa vez.  
Mais uma vez, as regalias de um estúdio. Som perfeito e pessoal em cima, dando aquele clima quente que a gente gosta. Toquei ouvindo tudo, extremamente bem situado. O set passou até rápido, achei. Tava me divertindo muito, acho que pelo brilho cervejeiro resultante do acúmulo de dois shows na seqüência. Acabou o show, os cabras foram embora pra embarcar na segunda cedo, e fiquei na casa do Wender, que me hospedaria até o dia seguinte.

Fiquei em Porto Alegre a semana inteira, mas resumo o causo apenas ao que comportou toda a banda. Foi isso: três dias de novas amizades, euforia, alegria, medo, satisfação, cansaço e, sobretudo, encantamento pelo novo. Você investe uma grana do bolso, passa uns dias dormindo mal, desregulando refeição e comendo tranqueira atrás de tranqueira, poderia ter motivo pra voltar puto pra casa, mas não, volta rindo a toa e querendo mais disso. Viver as coisas nessa sinceridade, á base de amizade, cumplicidade, trocando experiência e se abrindo pra novas condições é o que sustenta o desajuste de gente como eu e como você que tá lendo. O mais encantador é se dar conta que, seja aqui no Centro-Oeste, seja no Sul, o underground vai resistindo, se mantendo como dá, sustentando-se pela paixão de quem faz a coisa por amor, não por dinheiro. É só uma questão de distâncias, definitivamente. 

Texto magnífico confeccionado pelo raparigo de estirpe larga conhecido pela graça de Júlio Baron (percussionista dos conjuntos musicais Ameça Cigana, Tirei Zero, WxCxMx e Ímpeto), o multiprocessador do submundo clandestino goianiense.

19.3.14

Ornitorrincos - EP 7'' (2013)




Conheci um ATRAVES Ornitorrincos fazer Classico " Conspiração do Coração AO Contrário "e Passado alguns Anos SEM nada de novo pra Ouvir dos cabras, eis Que No último do Ano Passado Estes tortuosos sulistas resolveram Lancar cantigas Frescas pra melhorar a Audição de Vermes imundos Como eu. O disco los Questão E UMA bolachita EP Sete Polegadas Opaco Conta com 5 musicólas, AO Melhor Estilo punk-dançante-sem-ritmo.
Melodia, portunhol safado e gostoso de Ouvir, aliás, that idioma encaixa-se Muito Bem AO punk, letras Que Falam da Falta de Segurança Opaco TEMOS da Vida (Seguridad contra Inseguridad), da xenofobia tosca Presente NAS regions dEste Pais (20 de Septiembre), faça eterno Estilo de Vida Que E andar de patim (Volvi um Patinar), e vale lembrar Aqui Opaco patinar Localidade: Não E moda é Quem usufrui dEste Esporte E marginal e transgressor (rizos). Como Duas derradeiras cantigas da bolacha São As Melhores, considerando o Meu Gosto Pessoal ", Ca (hos) pital" Fala da maravilha Que E O Nosso Sistema de Saúde e "Diarios, tele y internet" Que possui UMA linda melodia e letra Opaco relata como Falsas Verdades Ditas Neste Mundo virtuais e das Comunicações em Geral. 
O disco E UM LANÇAMENTO Conjunto Entre OS Selos Punch Drunk Discos , Idéias Venenosas  e Crapoulet Registros , sei that ma poucas Cópias rolando Pelo submundo e eu dei JÁ UMA pausa NAS Drogas pra Adquirir O Meu redondo com furico não Meio. 
A arte linda fazer um disco lev assinatura do Mestre Chico Félix , SEM FALAR Opaco uma banda Conta com o raparigo Daniel Villaverde , o cabra E Tipo o Jello Biafra da Bacia Platina. Se Você. AINDA ESTA los Dúvida los Ouvir Este Conjunto musical, Junte Todas como REFERÊNCIAS boas de hardcore e punk do Mundial, coloque num espremedor Antigo da Arno EO sumo Opaco Saira Será, será ESTA belezura Opaco Aqui relato. Ouca e entorte Mais uma Vida errada!

Página da banda: Ornitorrincos

Ouca o EP 7'' aqui:

18.3.14

Eu O Declaro Meu Inimigo - ...Nem Mestres (2013)



Demorei um bucado pra falar desse disco por aqui, neste seboso espaço do degrau debaixo da cantiga nacional. Muito pelo fato de ficar ouvindo e apreciando o registro da forma que eu achava que deveria ser, seja dentro de ônibus lotado ou em momentos de descanso e leitura. A banda em questão é a recifense Eu O Declaro Meu Inimigo, que conheci através do trabalho anterior "Música Pode Ser Perigosa" e que no final do ano passado soltou o incrível "...Nem Mestres". 
A bolacha cospe-fogo abre com a cantiga "Tripalium", hardcore/punk oitentista dançante que fala da relação opressora do dinheiro, patrão e a negação desses padrões sociais estabelecidos. Em seguida o pitoco do play pula para "Mancha Negra", artefato sonoro carregado de ódio e raiva em ritmo de hardcore acelerado, com um refrão realista daquilo que é visto no cotidiano da grande massa explorada. "Benedetti" passa uma mensagem direta de resistência e luta pelos sonhos, contando com partes de poemas de Mario Benedetti. Em "Máquinas do Sensível", uma introdução bem legal de um cabra falando de movimento punk é a ponte para uma cantiga feroz que fala da exclusão pela seleção, realidade próxima de uma maioria que sofre com a discriminação, preconceito e falta de perspectiva, letra muito foda. Em "Fortaleza de Incertezas" imaginei o pessoal do Crass lendo a letra e derramando lágrimas pela face, tendo a certeza do dever cumprido. Em "Ni Un Dia a Más", a cantiga é gritada por uma voz feminina e escrita em espanhol, falando desse universo nojento da rotina do trabalho. Por fim o disco encerra com "Morte Motor", que possui a melhor letra e uma pegada ultra-acelerada. Ressalto que embutida nesta faixa está uma linda versão de "Drinking and Driving" do Black Flag, ou seja, compensa esperar e ouvir essa belezura de som. 
A linda capa do disco é de responsabilidade de Wendell Araújo, integrante da banda e que possui um portfólio magnífico que pode ser visto aqui. Sei também que o material físico (que eu ainda nón tenho) possui uns trampo de uma galera linda que passa por Fernando JFL (Cätärro) e termina nos incríveis do Imarginal (eu ainda vou rabiscar parte do meu corpo com esses cabras bons). Sonoridade impecável, referência ao Sin Dios, hellcife bem representada e aqui está um dos melhores discos lançados no subterrâneo nacional, se você ainda não conhece, a vida está aí pra corrigir essas falhas e lapsos do cotidiano corrido, mas lembre-se: a vida é bem mais que ordenado, 40 horas semanais, automóvel e status. O disco transmite isso através do punk político e sem massagem, uma boa oportunidade pra entortar mais ainda a mente dentro desse submundo de resistência. Ouça!


Página da banda: Eu O Declaro Meu Inimigo

Ouça o disco aqui:

Baixe o disco aqui:

17.3.14

Ratos de Porão - Teaser e cantiga nova do próximo disco



Sem muito o que falar e só na expectativa de ouvir o disco que está pra sair, o Ratos de Porão soltou uma cantiga inédita do próximo disco "Século Sinistro". A musicóla em questão chama-se "Viciado Digital" e tem a pegada doida de sempre. Pra lascar mais com a fissura de noiado, os caras soltaram um teaser do disco, que deve sair em maio deste ano. Se liga no som e vídeo logo abaixo. Beijos, paz e bem.

Página da banda: Ratos de Porão

Ouça a cantiga "Viciado Digital" aqui:

Assista o teaser de "Século Sinistro" aqui:


Karne de Kavalo - Demo Ensaio (2014)



Karne de Kavalo é uma dupla de hardcore / crust da cidade de Recife formada em outubro de 2012. Composta pelo dueto macabro Luciano (Gritaria/ Cordas Finas) e Azul (Berros / Percussão), a banda soltou neste ano uma demo ensaio bem caseirona, que conta com 10 cantigas, rápidas e curtas, que falam do cotidiano dos cabras, do caos e das mazelas que este sistema nos proporciona. Esquema D.I.Y, ruído sonoro que magoa o ouvidor de gente desavisada, anti-música do jeito que tem que ser e crítica social através de acordes desagradáveis. Ouça!

Página da banda: Karne de Kavalo

Ouça a demo aqui:

Baixe aqui:

14.3.14

Lomba Raivosa! - Venezuera Mini-Tour do Satã 2014


Os doidos do jipe da Lomba Raivosa! marcaram para o mês de abril, uma mini invasão tosca ao país sul americano Venezuela. Os cabras vão espalhar a discórdia, apossados da besta-fera nos côro, mostrar um pouco da vida desregrada e avacalhar os ouvidos das crias de Chávez com a sonoridade rápida que os bonitos fazem. Esta tour intitulada de "Venezuera - Mini-Tour do Satã" acontecerá entre os dias 18 e 21 de abril deste ano. Mais informações na página dos joviais (Lomba Raivosa!) e se tu tiver por essas bandas latinas e ler isto, compareça com muito ordenado e bebida. 

Ouça a banda aqui:



13.3.14

4Way Split - Pastel de Miolos, Derrube o Muro, Agressivos e Riiva (FINL) (2014)


Grande lançamento deste início de 2014, este 4Way reúne 3 bandas do cenário underground nacional e uma banda da Finlândia. O lado brasileiro do esquema junta a lendária Pastel de Miolos com os doidos da Derrube o Muro e a Agressivos, e o lado frio europeu sonoro é bem representado pela linda banda RIIVA. São 24 cantigas, 6 musicólas pra cada conjunto, hardcore e punk da melhor qualidade. O disco é um lançamento dos selos Brechó Discos e BigBross Records (para adquirir a bolacha em formato físico, entre em contato através dos emails: brechodiscos@gmail.com/bbrecords@gmail.com), selos estes que movimentam e fazem a cena do nordeste ser cada vez mais ativa e visível. Pra você que gosta de punk clássico, hardcore, músicas rápidas e críticas e aquela leva toda de banda oitentista da Finlândia, este disco é um tiro certeiro na sua jugular, trampo de responsa e feito com qualidade, ouça e fortaleça sempre o subterrâneo sonoro nacional!


Ouça o 4way Split aqui:

Baixe o disco aqui:

11.3.14

Kapitalistik Dëth - S/T (2013)


Bicho, ultimamente vem chegando aqui no escritório da empreza muito som de banda nova e tem algumas que desde a capa até o contexto sonoro chamam a atenção dos ouvidos sebosos de nossos queridos funcionários. Foi o caso da Kapitalistik Dëth, banda nova de São Paulo formada em algum dia obscuro de 2013 e que faz uma linda mistura de hardcore e powerviolence. O quinteto podre é composto por Paulin (berros e gargarejos), Alex (cordas finas), Alemão (cordas grossas), Pedrin (ruídos caóticos) e JP (percussão) e estes lindos joviais soltaram no ano que passou-se um poderoso disco de cantiga rápida. A bolachita conta com 10 cantigas que basicamente fala da imundice humana e do cotidiano violento e desigual da cidade cinza. O disco já começa agoniante com uma intro de gritaria e desespero, seguida da densa e agressiva "Break The Faith". "Vida Simples" tem uma colagem introdutória de fala muito foda que fala do nojo do elitismo, seguida do petardo sonoro que fala da morte da vida simples nesse mundo caótico. "Faça Você Mesmo" é curta e deixa o recado de forma direta, faça, organize-se sem esperar por ninguém. O powerviolence do capiroto selvagem ganha um bom destaque na musicóla "destruir", letra que fala da destruição dos dogmas sociais que te aprisiona e não deixa você seguir com suas próprias convicções e verdades. "São Paulo, A Capital da Desigualdade" fala de forma agressiva dos problemas da cidade, num instrumental cabuloso, riffs, bateria, berros e ódio sonoro. "Rock Bravo" é uma mescla de crítica voltada para a imunda polícia e aos patrões infames. "Surfviolence" é a melhor do disco, com uma intro de surf music muito legal e depois os cabras emendam com um powerviolence desgraçado de doido, de perder o juízo, as pregas e o rumo da vida falida. "Liberdade Um So Todos Iguais" é curta, rápida e fala da tosca sociedade machista que ainda prevalece nos dias atuais. "Mais Uma História" tem uma introdução com uma boa pegada de doom e depois é emendada com um fastcore de afundar a molêra de criança inocente. Por fim os diplomatas fecham a bolachita com um cover de Isabella Superstar, da cantiga "As Tecnologias do Séc. XXI Me Deixaram Preguiçoso, Anti-Social e Burro". 
O que eu posso concluir é que o disco é muito bom, agressivo, crítico, gravação decente, colagens muito boas, capa muito massa que segue a linha de bandas de powerviolence, instrumental agradou os meus ouvidos, vocais que estragaram mais um pouco a minha percepção auditiva e a plena satisfação de saber que o lado b do subterrâneo nacional respira de forma ativa e agressiva. Vida longa aos loucos e morte violenta aos que lambem o cu do sistema em prol da promoção própria. Disco foda, banda foda, ouçam!

Página da banda: Kapitalistik Dëth

Ouça o disco aqui:

Download:

10.3.14

Pastel de Miolos - Teaser do novo disco e Lyric Vídeo


A lendária banda Pastel de Miolos, uma das principais bandas de punk rock deste país, está fazendo uma movimentação cabulosa. Acabou de sair um teaser do novo disco deste lindo power trio de Lauro de Freitas/BA, além de um Lyric Vídeo da cantiga "Insegurança Masculina" (com participação de Vital da banda Jason) que foi lançada no dia internacional da mulher (08/03) e mostra que a data é um símbolo de luta e resistência. Esta música fará parte do próximo disco da banda "Novas Ideias, Velhos Ideais" que vai ser lançado em parceria com os selos Brechó Discos, Hearts Bleed Blue, BigBross Records, São Rock Discos, Purgatorius Rec e Panela Rock. Segura as pernas por aí que vem cacetada das boas, o subterrâneo sonoro nacional agradece.


Página da banda: Pastel de Miolos 

Confira o Teaser do novo disco da Pastel de Miolos aqui:

Assista o Lyric Vídeo da música "Insegurança Masculina aqui:

5.3.14

Hippies Not Dead & Garrafa Vazia - Split (2013)


Splitizinho lançado no final do ano passado e que reúne as bandas Hippies Not Dead e Garrafa Vazia. O disco conta com 11 cantigas, sendo 5 dos Hippies e 6 dos Garrafas. A parte hiponga do esquema é composta por 4 músicas inéditas e um cover de Cirrose (Garrafa Vazia), pegada death crust da velha escola, que esses malucos de São Carlos/SP fazem desde os perdidos de 1995. Destaque para as músicas "Panos Quentes" e "Nada Suficiente", para a sonoridade crua e longevidade da banda.
A parte cachaceira do disco fica por conta da Garrafa Vazia, com 5 cantigas inéditas e um cover de "Toca Uma Pra Mim" (Hippies Not Dead). Com muito punk rock e humor, destaco as músicas "Toscão" e "Risólis Voador", além do vocal "escapamento lascado" que é algo peculiar e que rouba a atenção de quem ouve. registro lindo, arte de capa linda e você pode ouvir esse split logo abaixo:


Página da banda: Hippies Not Dead
Página da banda: Garrafa Vazia

Ouça o split aqui:

Lembrando ainda que banda Garrafa Vazia soltou também no ano passado o disco "Greatets Shits". Ouça logo abaixo:

Two Beers Or Not Two Beers Apresenta: NERVOCHAOS (SP) em Goiânia


Two Beers Or Not Two Beers Apresenta:

NERVOCHAOS (SP)
Ressonância Mórfica
Revolted
Spiritual Carnage

Data: 09/03 - Domingo - 16 Horas
Valor: R$ 10
Local: Capim Pub - Rua 5, Nº 65, Setor Aeroporto - Goiânia-GO

Ameaça Cigana (DF) - Nômade Tour pelo Rio Grande do Sul

Foto por: Maria Cládia Reis

A banda Ameaça Cigana (DF) é um conjunto de despregados de residência fixa, nômades punx que rejeitam a vida controlada e que em qualquer oportunidade tentam fazer escambos de materiais subversivos e entortar a mente de pessoas certas. Os cabras meio hippies, meio thrashers, trajando roupas cintilantes, empunhando castanholas, jóias de procedência duvidosa e acompanhados de cães com dreads irão fazer uma tour desgarrada do mundo consumista pelo sul deste país, mais especificamente um rolê pagão pelo Estado do Rio Grande do Sul. Serão 4 apresentações em 3 dias de muita intensividade punk, faça-você-mesmx, resistência e acampamento à base de lona em terreno batido de beira de asfalto. Se tu for dessas beiras daí, fique atento as festividades e separe um bom ordenado, pois em espaço que cigano pisa dinheiro vira mercadoria. Logo abaixo seguem os cartazes e informações dos shows.



Ameaça Cigana (DF)
Viruskorrosivus

Data: 07/03 - Sexta - 21 horas
Valor: R$ 10
Local: Black Stone Club - Rua Barros Casal 357, Porto Alegre/RS
Arte por: Guilher C. Gonçalves
Capacidade Limitada. Chegue no horário e garanta o seu lugar.
Haverá venda de materiais independentes. Apoye la movida!
Link do evento: https://www.facebook.com/events/252532588260669/


Rolê Cigano Sem Futuro

Ameaça Cigana (DF)
Desiguais Punks (São Marcos)
Rinits Horror Show (Caxias)
Skunkirado (Caxias)
Anomalia Social (Caxias)

Data: 08/03 - Sábado - 16 horas
Valor: R$ 10
Local: Galpão Gaúcho - Final da 18 do Forte, Caxias do Sul/RS
Link do evento: https://www.facebook.com/events/1411364959119088/


Garagem Aberta

Ameaça Cigana (DF)
Ornitorrincos
The Vereda

Data: 09/03 - Domingo - 18 horas
Valor: R$ 10
Local: Centro Cultural Marcelo Breunig - Rua Voluntários da Pátria, 214, Centro de Campo Bom/RS
Link do evento: https://www.facebook.com/events/371109583029655/


Banned in Canoas

Ameaça Cigana (DF)
Entre Rejas
Motor City Madness
Desprezo e Ódio

Data: 09/03 - Domingo - 19 Horas
Valor: R$ 10
Local: Estúdio Black Bird - Rua Saldanha da Gama, 661 - Harmonia - Canoas/RS
Link do evento: https://www.facebook.com/events/1389578347978819/