27.8.13

Cauvery - We Are The Plague - EP (2013)


Cauvery é uma banda de metal oriunda de Belo Horizonte/MG. Formada atualmente por Wesley de Paiva (vocal), Peter Roberto (guitarra), Ricardo Neto (guitarra), Rodrigo Oliveira (baixo) e Danilo Froes (bateria), o quinteto lançou recentemente o seu primeiro trabalho, o EP "We Are The Plague" que conta com 8 pesadas cantigas, todas produzidas, mixadas e masterizadas pelo raparigo Peter Roberto. O disco como um todo destaca-se pela junção de riffs ultrarápidos, linhas técnicas de baixo, bateria bem executada e um vocal insano, gutural "javali-do-mato" clássico e agressivo. As letras falam da hipocrisia humana, dos falsos valores morais e da problemática politica que assola este país. Apesar de nova no cenário, a banda mostra que possui ótimo entrosamento e originalidade sonora, muito disso que citei deve-se à experiência dos integrantes em outros projetos. Outro ponto forte deste EP é o trabalho gráfico feito com muita qualidade, portanto se você está a procura de banda nova e com qualidade sonora, eis que a Cauvery é uma ótima dica para o seu garimpo sonoro. Ouça!


Página da banda: Cauvery

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Prozac HC - Elefante Branco (2013)




Prozac HC é uma banda de hardcore oriunda de Araguaína/TO, estão na ativa desde os perdidos de 2006 e as principais influências passam por Ratos de Porão, Mukeka di Rato e Tiririca. O power trio é formado por Babidi (baixo/vocal), Sallomão (guitarra/voz) e Preguiça (bateria), que nesse 2013 soltaram o novo trabalho intitulado "Elefante Branco" que conta com 8 cantigas que passam pelo hardcore. punk, crossover e o rock tradicional. As letras deste disco relatam o cotidiano dos cabras de uma forma bem humorada e crítica, ouça as músicas "Bucho Quebrado" e "Nasci Cagado de Urubu" e comprove o que aqui relato. Se tu gosta do começo de Raimundos, Devotos do Ódio, D.F.C. e Sheik Tosado, a banda é uma boa pedida para o teu refinado gosto sonoro. Ouça!

Página da banda: Prozac HC

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26.8.13

Missa de Corpo Presente (MxCxP) - EP (2013)


Missa de Corpo Presente (MxCxP) é uma banda da nova geração do hardcore goiano, e num passado breve este blog já tinha divulgado um trampo mais caseiro da banda (clique aqui pra conferir). No último dia 19 deste mês de agosto, a banda composta por Lorran (vocal), Michael (guitarra), João Paulo (baixo) e Leonardo (bateria) lançou seu primeiro EP, sem título e que conta com 4 cantigas calcadas no estilo NYHC (New York Hardcore), com fortes influências de bandas como Madball, Sick Of it All, Hatebreed e afins. 
A bolachita abre com a cantiga "Esse Não é o Meu Lugar" que aborda de forma bem contundente os caminhos tortuosos que a vida nos direciona e que nem sempre é o que desejamos..., mandando bem o recado e mostrando que a banda não está de brincadeira. A segunda música do disco recebe o título de "In(sanidade)" e tem uma pegada mais Rapcore, lembrando umas fases boas de Suicidal Tendencies e Biohazard, ahh... e preste atenção no instrumental pesado que merece um bom destaque. Em "O Sentido" as rimas seguem e a pegada acelerada deixa a pessoa com vontade de fazer rodas/mosh pits em qualquer lugar que estiver. A derradeira cantiga do disco é a maloqueira "Sangue e Fúria", particularmente a minha preferida do EP, muito pelo instrumental cabuloso e pelas rimas que se encaixaram muito bem no som, além claro da letra que relata de um cotidiano tenso que tanto conhecemos. 
Destaco aqui o bonito corre da banda, as gravações, produção e letras que foram muito bem elaboradas e executadas. Por enquanto o disco está sendo disponibilizado de forma virtual, mas espero que saia de forma física, pois o trampo está muito foda, e pode ter certeza, que ao ouvir esse registro você vai ficar com vontade de imitar aquelas dancinhas do Cyco Miko, só não garanto se vai ser algo agradável aos olhares de terceiros. Pra finalizar, digo que este registro está uma maravilha e segue a mesma linha de outra banda foda daqui da cidade, a Chacina, portanto se tu gosta do estilo NYHC, anda de bandana por aí, meia branca até a metade das canelas, usa aba reta do PxPxCx e envergonha pais e familiares... este disco será de seu agrado! Ouça, conheça, espalhe!


Ouça o EP aqui:

Baixe o EP aqui:

23.8.13

RATTUS (FINLÂNDIA) - 19/09/13 - GOIÂNIA



RATTUS (FINLÂNDIA)
A.R.D. (DF)
DEATH FROM ABOVE
RESSONÂNCIA MÓRFICA

DATA: 19 DE SETEMBRO DE 2013
HORÁRIO: 18 HORAS
VALOR: R$ 20 (ANTECIPADO) / R$ 25 (NA HORA)
LOCAL: LAVAJATO DA RUA 10 (VIA PRÇ UNIVERSITÁRIA, ANTES DA PONTE DA MARGINAL BOTAFOGO)

ORGANIZAÇÃO: TWO BEERS OR NOT TWO BEERS + INSETU'S PRODUÇÕES + THRASH CORE FAST + PROFESSOR BACURAL

* INGRESSOS ANTECIPADOS NA HOCUS POCUS, LIMITADOS A 150

FLYER POR: DIOGO RUSTOFF (http://rustoff.tumblr.com/)
LINK DO EVENTO: https://www.facebook.com/events/324266464386324/

19.8.13

Chaos, Alfajor Vegano e Resistência



Aê negada doida, depois de alguns dias inativos por conta de internações compulsórias, estoy de volta pra relatar o lindo baile debutante que rolou ontem (domingo) no melhor point podre do underground goianiense, o Capim Pub, localizado na região mais valorizada do Setor Aeroporto, mais conhecida como "Independência ou Crack". A tarde / noite do dia mais familiar da semana reservava como atração principal, a paulista Social Chaos, além de bandas locais conhecidas do público.
O esquema estava programado pra começar às 16 horas, chegay por volta das 17 horas e como é sempre de praxe, os atrasos chatos voltou a ocorrer, fudendo com aquelas pessoas que fazem compromissos com horários e tudo mais. Do lado de fora do aconchegado recinto pude notar que a famosa e embaçada vizinha havia instalado duas câmeras em pontos estratégicos na porta de sua residência, flagrante pra pegar emaconhado desavisado e caguetar pra gambé desgostoso da vida.
Adentrei no local e logo vi que o layout do baile charmoso não era mais no anexo lateral da entrada, que divide com o estreito corredor que dá para os fundos do pub, o esquema agora era num cômodo bem apertadéx, mais pra galera sebosa de olor forte torna-se um atrativo a mais para moshs e danças desequilibradas, isso seria notado por minha pessoa horas mais tarde. Aos poucos o Capim foi lotando e como as outras casas da cena alternativa-bonita-limpa daqui da cidade estón fechadas por conta da rigorosa fiscalização dos órgãos especializados depois do episódio da boate beyjo sulista, algumas dezenas de pessoas de pele alva, tatuagens impecáveis e vestes bem descoladas, parecendo modeletes da ãmbiente sk8 shóp, deram o ar da graça por lá, pois a falta de opção de rolêt faz com que as pessoas engulam os cactos rejeitados no passado goela abaixo.
O reencontro com algumas boas amizades, os habituais olhares tortos de catrevagens descartáveis e o clima agradável do dia marcavam pra mim aquele rolêt delícia. Com alguns acordes saindo de uma guitarréx ao fundo, pude perceber que os trabalhos do dia estavam começando, e quem chutou a oferenda com força e raiva foi o Livre?, banda local que mistura grind/crust/powerviolence e tudo que for rápido agressivo. Nunca tinha visto a apresentação dos bonitos raparigos, e o que eu tinha escutado na demo "O Mundo Está Perdido Mas Sua Vida Não Está" comprovou-se ao presenciar a esculhambação sonora
que os cabras fazem. Armaria pra quem chegou desavisado no bagulho, pois os malucos vão do doom ao powerviolence extremo em segunditos preciosos, comandado pelo vocal do Gilcélio, uma espécie de Rádio AM em volume 35 sem sintonia, ruído agressivo que afeta muito os tímpanos. Creio que atualmente na cena goiana o Livre? seja o maior representante da anti-música, com muita agressividade, letras que contestam todos os padrões defasados da sociedade tradicional e com figuras carimbadas dos rolêts subversivos da cidade, gostei do que vi e vida longa pra essa maloqueiragem sem pudores e regras.
Observando o que cercava ao meu redor, entre punks e loks, destacou-se o rango vegano que estava sendo vendido no local, de cara adquiri um quibe e um alfajor. O primeiro estava muito gostoso, pena que estava apimentado, o que veio a comprometer a minha cuidada hemorroida, paciência. O segundo estava surreal de gostoso, tanto que comprei mais alguma unidades pra guardar em minha residência, preço justo e sabor muito agradável, pontanto, se você for de Goiânia e identifica-se com este tipo de alimentación, conheça e consuma o excelente trabalho dessa galera do Rangos Vegan Goiânia, nota 10 pra qualidade iso dos lanches. Outro destaque que vale citar foi a doação de camisetas e materiais alternativos por parte do raparigo conhecido pela graça de Júlio Baron (Tirei Zero, WxCxMx, Pretexto de Vagabundo Publicações e etc.). O cabra tirou bonitos sorrisos de pessoas que conseguiram e/ou interessaram em pegar alguma bugiganga útil com o jovem rapaz, inclusive este que aqui depõe también ficara com a face mais esticada por alguns minutos.
Conversitas maneiras sobre a cena e sobre a vida bandida do dia-a-dia, até que um bom aglomerado de pessoas sem classe começaram a se juntar dentro do quartinho de despensa que agora tornou-se o espaço para as sessões de descarrego (aka bailes de cantiga rápida e agressiva) da dita cena local. Bom, me ajeitei estrategicamente do lado de fora, próximo da jenelinha que tinha uma fadita e um cavalo marinho contorcidos em metal, pendurados e atrapalhando as minhas toscas tentativas de fotografia via celularix. Eis que o Social Chaos bateu o ponto e deu início à ordem de serviço da contracultura. E bitcho, que carrego de som, parecia que eu estava numa roda tensa de trabalho negativo, mas ao invês dos batuques dos agogôs, a densidade do baixo juntamente com o vocalista (ex
F.D.S) sósia do Marcelo (Old Studio), aliado com a brutalidade da bateria e a crueldade seca e obscura das guitarras ditavam o ritmo pesado que a apresentação dos paulistas faziam naquele puxadinho. A negada doida-do-jipe ajudou muito a incrementar a impressionante apresentação que eu estava assistindo, de stage dives insanos à pesadas doloridas em costa de gente desavisada que estava mais na frente do "palco" só pra pagar um pouco mais de pau para os Sociais do Chaos que estavam em plena ação.  Eu que cheguei alegre e risonho, saí com a aura pesada e semblante agressivo, pois o crust/grind/punx de quebrada que os caras tiram é carregado de ódio e protesto, e por hora, pro bagulho ficar mais cinza, algumas passagens de doom deixam o clima mais sombrio. O amargo da vida em acordes apocalípticos e letras que combatem o preconceito e todas as formas de opressão ditaram o ritmo do show, histórico e memorável para aquelas que gostam dessa linha de som. 
Uma pena eu não ter ficado até o fim, pois ainda tinha mais duas bandas locais a se apresentar, Death From Above e Sociofobia, mas valeu muito pelo que presenciei, sem a presença de estrelismo tosco, policiamento de cu e o que prevaleceu foram os bons papos, as amizades e a resistência em fazer-se eventos de cunho contracultural numa cidade tão provinciana e apática como a nossa, deixo aqui os meus agradecimentos ao pessoal envolvido na organização, que mais maloqueiragens dessa possam rolar numa constante maior. Beyjos.

OBS.: Nón leve em consideración essas fotos profissionais que tirei, isto é só uma demonstração de meu talento no quesito tirar retrato de baile. 

8.8.13

Siege Of Hate - Animalism (2013)



Siege Of Hate é uma das grandes bandas do cenário underground de Fortaleza e do nordeste, se você ainda não conhece, prepare já teus sebosos ouvidos e embarque nesse arsenal sonoro que está por vir neste humilde espaço em forma de sítio tosco. A banda, que executa uma linda mescla entre o Grindcore e o Death Metal, está na ativa desde o ano de 1997 e vinha de 4 anos sem lançamento de material novo - o último foi o "Deathmocracy" de 2009 - até chegar nesse primor de registro que é o "Animalism", lançado neste ano pelos selos Rising Productions, Gallery Productions e Bomb This Shit Productions. A banda que conta com Bruno Gabai (vocal e guitarra), Fabio Morcego (guitarra e backing vocal), George Frizzo (baixo) e Saulo Oliveira (bateria) ressurge com o impressionante "Animalism", um disco que sofreu influências do livro "A Revolução dos Bichos" (George Orwell) e dos atuais acontecimentos políticos ocorridos no Brasil e América Latina na composição das cantigas, 14 no total, que passeiam de forma primorosa entre os bonitos estilos agressivos conhecidos pela alcunha de grindcore, death metal, hardcore e crossover, miscelânea

O disco abre com a tenebrosa e agressiva "Grinding Ages", deixando o cabra que deixa o cachimbo cair por conta do cochilo de orelha em pé e nariz em riste, seguindo da aceleradíssima "Turmoil", cantiga que mistura o grindcore com a melodia clássica do death metal, musicóla muito bem executada em menos de 2 minutos. A bela sequência "Carthasis / "The World I Never Knew" / "Waiting For What" mostra que banda não está marcando bobeira e mostra que está no mesmo patamar de bandas gringas. "Hypochrist" ganhou um lugar cativo em meu insensível coração, pela pegada deliciosa que o hardcore proporciona e pelo repúdio passado na letra em relação à hipocrisia cristã, baita escrita e melodia. "Life Rules" segue a mesma linha de som e uma coisa que ainda não falei e que vale resssaltar é da beleza incrível que está o vocal de Bruno Gabai. Ao ouvir "Live Hard Die Harder" a sensação é de estar naquele clima "dethão" oitentista, com 30 quilos de ódio e tensão nas costas..., outra bela cantiga. O clima "cinza-com-bebida-destilada-no-bucho" segue na música "Beware What You Wish", ensurdecendo os ouvidos e preparando para a cabulosa sequência que consiste nas musicólas "Reppeling Rumores" / "Individual Community" / Dissonance". A energética "Real Ties" serve de ponte para a derradeira cantiga do disco "Vida e Morte", instrumental com quase 5 minutos, fechando desgraçadamente de forma brilhante este surreal regristro, um dos melhores do metal nacional e mundial.
A arte do disco é outro ponto forte do disco, que recebe a assinatura do baixista da banda, George Frizzo. As gravações, letras, composições, entrosamento e toda a produção que resultou nesse magnífico disco merecem os devidos destaques...., grande lançamento do underground nacional e nordestino. Tenha uma bolachita dessa em mãos e tu não se arrependerá jamais!



Página da banda: Siege Of Hate

Sítio da banda: Siege Of Hate


Ouça o disco "Animalism" aqui:



Download:
Siege Of Hate - Animalism (2013)

5.8.13

CHUPA MEU CU FEST - 25/08 - São José dos Campos/SP


CHUPA MEU CU FEST

Com as bandas:

Local: Hocus Pocus Studio Café - São José dos Campos/SP
Valor: R$ 10,00
Data: 25 de Agosto de 2013

George X Romero - EP (2013)



Não é de hoje que a cena underground de Campo Grande/MS - a galera de lá adaptou para Campo Grind - nos presenteia com boas bandas barulhentas, e um bom exemplo do que falo concentra-se em conjuntos de cantigas rápidas do naipe de Dor de Ouvido, Demonterror e Jäpurä Noise Projetc. Seguindo a linha da música rápida, direta e sem firulas, a banda George X Romero é uma das gratas surpresas da nova safra daquela quente cidade da região central deste país. O conjunto musical formado por Marreco (vocal), Eduardo Lorenz (guitarra/vocal), Saravá (baixo) e Guilherme Teló (bateria) seguem basicamente a linha punk / hardcore / thrashcore / straight edge em suas cantigas, e isso pode ser conferido no mais recente e primeiro EP da banda, disquêto sem título e que conta com 7 rápidas cantigas, todas feitas no bonito esquema faça-você-mesmx. 
A bolacha abre com uma intro bem dançante, junte o stage dive nas alturas, pranchas de surf, capacete de motocicleta e tudo de hilário e tosco que ocorrem nas eternas rodas de hardcore e coloque como adjetivo pra definir esta cantiga que não passa dos 43 segunditos. Em seguida surge a excelente "Homofobia Não Te Torna Mais Macho", thrashcore no talo, agressividade sonora, côros e um recado ponta firme para aqueles que se acham no direito de oprimir as pessoas por conta da opção sexual...., a música é uma mescla do hardcore oitentista com o ultra rapidez de bandas do naipe de Conquest For Death. "Futilidade Futebol Clube" abre com uma narração de Galvón Bueno e pelo título da cantiga, o recado é claro e vai para a alienação que o esporte mais popular destas terras causa na grande população, cantiga rapidéx, hardcore/punk com boas quebradas, fazendo o ouvinte bailar da forma mais tosca possível. A sequência dupla de "Matilha" / "Doce Vingança" abordam respectivamente o consumismo/ostentação/exploração e o machismo que continua fortemente inserido em nossa falida sociedade, hardcore lindão de ouvir e letras boas pra refletir. A cantiga "Uguy", outro ponto forte do disco, fala da problemática que são as mortes dos índios em prol do latifúndio, realidade triste que está presente em diversos lugares do país. O disco fecha de forma brilhante com a música com a energética "Em Frente", mensagem positiva para aquelas pessoas que deixam as derrotas da vida 
Gostei muito do vocal, das guitarras, da pegada, da intenção sonora e postura da banda, banda nova e excelente pra você que busca sons politizados e bem produzidos, portanto, se vale de alguma serventia, este tosco blog indica pra valer a banda George X Romero pra você e suas amizades. 
Parabés de verdade ao pessoal envolvido!

Página da banda: George X Romero

Ouça o EP da banda George X Romero aqui:

Veja o vídeo da cantiga "Uguy" logo abaixo: