31.7.15

Spazzin' to the Oldies - A Tribute to Spazz 12'' (2015)


Spazz é umas das maiores influências, senão a maior influência dentro do powerviolence. O nonsense do power trio californiano foi algo que agradou bastante este que aqui rasura, e sabendo do legado que esse triângulo satânico da sonoridade fast deixou, a Mind Ripper Collective revolveu fazer um tributo para estes infames. O disco recebe o título de "Spazzin' to the Oldies - A Tribute to Spazz", teve seu lançamento datado no final do mês de maio em formato 12 polegadas e reúne 26 bandas, que dentro desse caldeirão todo encontra-se os doido-do-jipe da Cätärro, bandinha-maravilha lá de Mossoró e que é uma das maiores referências atuais da cantiga-rápida-doentia deste pequeno país. Bom, eu sei que você pirar nessa postagem doida, vai comemorar bebendo cana (ou não) pois hoje é sexta e sei também que seu lar no dia de hoje vai ser infectado pelo deboche da cantiga veloz. Ouça e espalhe essa maravilha!


Ouça o Tributo aqui:

Download:

30.7.15

Chancho - Baladinha Dançante - EP (2015)



É amizades, eu tento me afastar dessa carniça virtual, mas o meu amor pelas coisas podres bate mais forte e eis que depois de algumas semanas pagando horas comunitárias em retiro do Alcoólicos Anônimos por conta de arruaça em praça de interior, chego e não peço a bênção pra postar o novo registro da banda Chancho.
Os cabras são de Natal/RN, cidade linda que nunca fui, e estão envenenando as vias auditivas do público consumidor de cantiga do undeground do undergroud com o seu EP "Baladinha Dançante". A bolachinha conta com 7 rápidas cantigas que mesclam o hardcore com o powerviolence de maneira crua, sem cozimentos prolongados e que irá agradar os ouvidos mais sebosos desta esfera sonora do subterrâneo. Destaque para as pauladas "Puta Sacanagem", "Papai Noel" e "Justiça Social", para a belíssima capa que leva o rabisco de Wendell Nark e para o registro que remete à sonoridade simples noventista que era ouvida em k7. Dance sem compasso e lasque com a cervical, pois o sapeca sonoro é rápido e feroz! 

Página da banda: Chancho

Ouça e baixe o EP aqui:

10.7.15

Mandinga Party #1 com Jazz Beat Committee (SP)



Esse final de semana promete ser de muito sacolejo e descompasso em Goiânia para xs amantes da cantiga boa sem holofote. Entre tantas coisas óbvias e chatas rolando ao mesmo tempo, a boa pedida da vez será a festa-baile que a Mandinga Records promove lá no Gás 07 (centrão da cidade), num domingo maravilha pra tirar qualquer pessoa sem jura da morga e colocar algum sentido pra chegar de alma limpa (ou suja) na segunda-cruel. A "Mandinga Party #1" terá como principal atração a paulista Jazz Beat Committee, groove-punk-blues-country pra curar reumatismo e desviar parte da cervical. Os cabras chegam pra abalar o seu sistema nervoso e sanguíneo lançando um cabuloso 7 polegadas. A tarde/noite ainda conta com a incrível Bang Bang Babies, Cicuta e Rhumbs. Se você não se encaixa num esquema mais comercial dentro do dito underground, este é o rolê. Leve suas amizades, amores e divirta-se sem compromisso!

Mandinga Party #1

Rhumbs


Local: Gas07 (antigo Rocklab)

Rua 07, 475, Setor Central
[Pça atras do Partenon Center, entre rua 04 e Anhanguera]
Abertura da casa: 17 hrs.
Entrada: $10
Heineken/Sol: $5

8.7.15

Kerberus - Smashing the Hypocrites - EP (2014)


Kerberus é uma banda de Thrash Metal surgida em Ilhéus/BA no início de 2012, seguindo as influências maléficas do metal da velha escola de bandas do naipe de  Exodus, Metallica, Sepultura, Torture Squad, Pantera e Destruction somadas a uma sonoridade muito particular da banda e letras que tratam de assuntos como críticas sociais
O nome "Kerberus" foi inspirado na criatura da mitologia Greco-Romana "Cérbero", ser místico de três cabeças de cão, que toma conta dos portões do reino de Hades, não permitindo a saída das almas destinadas a sofrer. Sendo a escrita em Latin o nome "Kerberos".
Atualmente, a banda é uma das poucas do gênero em atividade na região e recentemente, além de um videoclipe para a cantiga "Murder Instinct", soltaram em dezembro de 2014 o EP "Smashing the Hypocrites". A bolachinha conta com 5 músicas e  o trampo surpreende pela qualidade apresentada além, é claro, das composições e riffs marcantes. O disco é marcado por músicas longas, bem trabalhadas e que faz voltar todo aquele ambiente agressivo que todx headbanger podre representa através do visual fora dos padrões, ouça "Murder Instinct", "Norilsk Hell" e "Kerberus Attack" e comprove o que digo. A capa foi criada pelo artista Daniel ET Giometti, reforçando a incrível qualidade do disco e a maravilhosa sonoridade da banda, que com toda a certeza agradará aos ouvidos mais depurados do Thrash Metal. O Metal não morre!!!

Página da banda: Keberus

Ouça 3 faixas do EP aqui:


Baixe o EP aqui:
Kerberus - Smashing the Hypocrites - EP (2014)

3.7.15

Tirei Zero - S/T (2015)



Falar de uma banda que você tem um contato mais próximo envolve um certo carinho na hora de gastar a tinta da pena, e relatar sobre a Tirei Zero não é só falar da música punk, da contracultura e da estética anti social que representa pessoas que não se encontram nesse padrão, é falar da forte relação que a amizade exerce dentro dessa fuga constante que o cotidiano maçante exerce particularmente na vida de cada um. A banda, atualmente, é composta por quatro cabeças diferentes que por conta de algum cosmo superior (ou não) faz a coisa vingar de uma maneira incrível, seja no estúdio ou no palco.

Só quem viu e conversou com os caras sabe do que estou repassando. Pedrinho com o seus sentimentos sempre aflorados é a pessoa mais sincera que você pode conhecer, e vai por mim, é uma experiência maravilhosa conversar/conviver com esse maloqueiro-compton-city. Vitim seria uma espécie de mutante-hilário, se você ficar perto dele e não rolar uma imitaçãozinha tosca, fique desconfiadx de si mesmo, pois há algo de errado nessa desconjuntura sub-humana. Bruno é aquele cabra que você conversa sobre tudo e quando se deu por conta o dia acabou, aaah e o diplomata também possui um gosto peculiar no âmbito da culinária rústica. Júlio é o raparigo multi-uso da engrenagem que gira no anti-horário do costume e que completa este time-sapeca-bola-de-capotão-em-campão-de-terra.

Neste momento atual vejo a banda em sua melhor forma, vigorosa e inconsequente nos palcos, transmitindo uma revolta que extrapola os palcos e que você leva pro resto da vida torta. Os caras estão aí com um disco novo maravilhoso lançado, por enquanto em formato virtual, que representa muito o que citei nas linhas anteriores, skate punk simples, sem rotulagem e que levanta a bandeira da escolha livre a favor do seu bem estar (ou não), indo contra toda uma logística social imposta através da vontade de fazer o que acha que é certo. O disquinho é como se fosse uma rajada lançada na portaria da escola, libertando xs zumbis do sistema educacional falido. A bolachinha conta com 15 cantigas, influência clara e necessária do punk podre oitentista, vinhetinhas maravilhosas (Mal Visto, Escravo do Altar, Eu Não Me Importo Com Você), referência ao RZO e Racionais (Rolê na Vila, Velho Rolê), alguns hits decadentes que causam fortes dores nas juntas (Skate Para Destruir, Eu Odeio Regras, Menos é Mais, Dia a Dia) e aqui está um dos melhores trampos lançados neste ano dentro da esfera da cantiga subterrânea do esgoto. 

A arte-maravilha da capa do registro é de autoria do incrível amigo e artista Rustoff, e mais uma vez, a amizade não fica hasteada a meio mastro e mostra que a cooperação sincera sempre rende ótimos frutos. Vigorosa e inconsequente nos palcos, a banda transmite uma revolta que extrapola os limites público/banda, lascando a disciplina tradicional e arrebanhando xs desviadxs da carceragem 30 carteiras/4 fileiras que identificam-se com as lições cruéis das ruas. Mas aí, se ainda depois disso tudo você ficou com uma certa dúvida, a recomendação é óbvia: ouça, é o que eu digo!

Página da banda: Tirei Zero

Ouça o disco aqui:


Download do disco:
Tirei Zero - S/T (2015)

Você também pode conferir uma pouco da doidice que foi a apresentação da banda no "Palco Lixo" na Virada Cultural de São Paulo 2015.