Spazz é umas das maiores influências, senão a maior influência dentro do powerviolence. O nonsense do power trio californiano foi algo que agradou bastante este que aqui rasura, e sabendo do legado que esse triângulo satânico da sonoridade fast deixou, a Mind Ripper Collective revolveu fazer um tributo para estes infames. O disco recebe o título de "Spazzin' to the Oldies - A Tribute to Spazz", teve seu lançamento datado no final do mês de maio em formato 12 polegadas e reúne 26 bandas, que dentro desse caldeirão todo encontra-se os doido-do-jipe da Cätärro, bandinha-maravilha lá de Mossoró e que é uma das maiores referências atuais da cantiga-rápida-doentia deste pequeno país. Bom, eu sei que você pirar nessa postagem doida, vai comemorar bebendo cana (ou não) pois hoje é sexta e sei também que seu lar no dia de hoje vai ser infectado pelo deboche da cantiga veloz. Ouça e espalhe essa maravilha!
É amizades, eu tento me afastar dessa carniça virtual, mas o meu amor pelas coisas podres bate mais forte e eis que depois de algumas semanas pagando horas comunitárias em retiro do Alcoólicos Anônimos por conta de arruaça em praça de interior, chego e não peço a bênção pra postar o novo registro da banda Chancho.
Os cabras são de Natal/RN, cidade linda que nunca fui, e estão envenenando as vias auditivas do público consumidor de cantiga do undeground do undergroud com o seu EP "Baladinha Dançante". A bolachinha conta com 7 rápidas cantigas que mesclam o hardcore com o powerviolence de maneira crua, sem cozimentos prolongados e que irá agradar os ouvidos mais sebosos desta esfera sonora do subterrâneo. Destaque para as pauladas "Puta Sacanagem", "Papai Noel" e "Justiça Social", para a belíssima capa que leva o rabisco de Wendell Nark e para o registro que remete à sonoridade simples noventista que era ouvida em k7. Dance sem compasso e lasque com a cervical, pois o sapeca sonoro é rápido e feroz!
Esse final de semana promete ser de muito sacolejo e descompasso em Goiânia para xs amantes da cantiga boa sem holofote. Entre tantas coisas óbvias e chatas rolando ao mesmo tempo, a boa pedida da vez será a festa-baile que a Mandinga Records promove lá no Gás 07 (centrão da cidade), num domingo maravilha pra tirar qualquer pessoa sem jura da morga e colocar algum sentido pra chegar de alma limpa (ou suja) na segunda-cruel. A "Mandinga Party #1" terá como principal atração a paulista Jazz Beat Committee, groove-punk-blues-country pra curar reumatismo e desviar parte da cervical. Os cabras chegam pra abalar o seu sistema nervoso e sanguíneo lançando um cabuloso 7 polegadas. A tarde/noite ainda conta com a incrível Bang Bang Babies, Cicuta e Rhumbs. Se você não se encaixa num esquema mais comercial dentro do dito underground, este é o rolê. Leve suas amizades, amores e divirta-se sem compromisso!
Kerberus é
uma banda de Thrash Metal surgida em Ilhéus/BA no início de 2012, seguindo as influências maléficas do metal da velha escola de bandas do naipe de Exodus, Metallica, Sepultura, Torture Squad, Pantera e
Destruction somadas a uma sonoridade muito particular da banda e letras que tratam
de assuntos como críticas sociais
O nome "Kerberus"
foi inspirado na criatura da mitologia Greco-Romana "Cérbero", ser
místico de três cabeças de cão, que toma conta dos portões do reino de Hades,
não permitindo a saída das almas destinadas a sofrer. Sendo a escrita em Latin
o nome "Kerberos".
Atualmente, a banda é uma das poucas do gênero em atividade na região e recentemente, além de um
videoclipe para a cantiga "Murder Instinct", soltaram em dezembro
de 2014 o EP "Smashing the Hypocrites". A bolachinha conta com 5 músicas e o trampo surpreende pela qualidade
apresentada além, é claro, das composições e riffs marcantes. O disco é marcado por músicas longas, bem trabalhadas e que faz voltar todo aquele ambiente agressivo que todx headbanger podre representa através do visual fora dos padrões, ouça "Murder Instinct", "Norilsk Hell" e "Kerberus Attack" e comprove o que digo. A capa foi criada
pelo artista Daniel ET Giometti, reforçando a incrível qualidade do disco e a maravilhosa sonoridade da banda, que com toda a certeza agradará aos ouvidos mais depurados do Thrash Metal. O Metal não morre!!!
Falar de uma banda que você tem um contato mais próximo envolve um certo carinho na hora de gastar a tinta da pena, e relatar sobre a Tirei Zero não é só falar da música punk, da contracultura e da estética anti social que representa pessoas que não se encontram nesse padrão, é falar da forte relação que a amizade exerce dentro dessa fuga constante que o cotidiano maçante exerce particularmente na vida de cada um. A banda, atualmente, é composta por quatro cabeças diferentes que por conta de algum cosmo superior (ou não) faz a coisa vingar de uma maneira incrível, seja no estúdio ou no palco. Só quem viu e conversou com os caras sabe do que estou repassando. Pedrinho com o seus sentimentos sempre aflorados é a pessoa mais sincera que você pode conhecer, e vai por mim, é uma experiência maravilhosa conversar/conviver com esse maloqueiro-compton-city. Vitim seria uma espécie de mutante-hilário, se você ficar perto dele e não rolar uma imitaçãozinha tosca, fique desconfiadx de si mesmo, pois há algo de errado nessa desconjuntura sub-humana. Bruno é aquele cabra que você conversa sobre tudo e quando se deu por conta o dia acabou, aaah e o diplomata também possui um gosto peculiar no âmbito da culinária rústica. Júlio é o raparigo multi-uso da engrenagem que gira no anti-horário do costume e que completa este time-sapeca-bola-de-capotão-em-campão-de-terra.
Neste momento atual vejo a banda em sua melhor forma, vigorosa e inconsequente nos palcos, transmitindo uma revolta que extrapola os palcos e que você leva pro resto da vida torta. Os caras estão aí com um disco novo maravilhoso lançado, por enquanto em formato virtual, que representa muito o que citei nas linhas anteriores, skate punk simples, sem rotulagem e que levanta a bandeira da escolha livre a favor do seu bem estar (ou não), indo contra toda uma logística social imposta através da vontade de fazer o que acha que é certo. O disquinho é como se fosse uma rajada lançada na portaria da escola, libertando xs zumbis do sistema educacional falido. A bolachinha conta com 15 cantigas, influência clara e necessária do punk podre oitentista, vinhetinhas maravilhosas (Mal Visto, Escravo do Altar, Eu Não Me Importo Com Você), referência ao RZO e Racionais (Rolê na Vila, Velho Rolê), alguns hits decadentes que causam fortes dores nas juntas (Skate Para Destruir, Eu Odeio Regras, Menos é Mais, Dia a Dia) e aqui está um dos melhores trampos lançados neste ano dentro da esfera da cantiga subterrânea do esgoto.
A arte-maravilha da capa do registro é de autoria do incrível amigo e artista Rustoff, e mais uma vez, a amizade não fica hasteada a meio mastro e mostra que a cooperação sincera sempre rende ótimos frutos. Vigorosa e inconsequente nos palcos, a banda transmite uma revolta que extrapola os limites público/banda, lascando a disciplina tradicional e arrebanhando xs desviadxs da carceragem 30 carteiras/4 fileiras que identificam-se com as lições cruéis das ruas. Mas aí, se ainda depois disso tudo você ficou com uma certa dúvida, a recomendação é óbvia: ouça, é o que eu digo!
Este blog é um canal aberto para as bandas que desejam divulgar seus sons.
Sugestões, envio de material e etc... E-mail: bloglicordechorume@gmail.com
A cena underground quem faz é você. Vá aos shows, compre cd's/LP's/k7's, camisetas, faça zine, divulgue/faça eventos, monte bandas, pixe muros, faça grafite, não pague ônibus e não beba cerveja quente. A união prevalece (ou não)!