13.5.11

Rejeitando Covers, Valorizando Podrers

No último sábado rolou mais um evento que reuniu os bonitos e bonitas da cena tosca goianiense. O evento em questão recebia o belo título de "In Grind We Crust", organizado pelo Coletivo Burro Preto, que possui os lyndos Bartião e Guilherme como membros dessa organização terrorista. Pois bem, a noite naquele dia começava a cair, foi quando eu comecei a enfrentar a doce jornada: Ônibus/pernada/alcoolização/conversas/chamegos/shows. Antes de ir para a cena do crime, uma pequena pausa em um boteco boca de porco situado na rua 3, no centro. Pícaro, Mariana, Fernanda, Nati e esse tosco que aqui escreve encararam duas deliciosas cervejas em copos higienicamente exalando o lyndo odor de clara de ovo. Bebi com muito empenho e garra e então fui para o local da batalha. Ao chegar por lá já era possível avistar alguns modelos decadentes enchendo o cu de cana antes que os festejos de Cosme e Damião desse início naquela noitóla agradável. É bom ressaltar que o Old Studio(local da fuleragem) já se tornou o segundo lar para aqueles que tem a rua como sua primeira residência fixa. Adentrando no local já era possível ver uma movimentação básica de alguns guerreiros jogando partidas de sinuca, expondo discos, camisetas e demais materiais de cunho underground, inclusive para a minha grata surpresa, havia alguns exemplares de camisetas desse tosco blog postos à venda em uma das banquinhas de uma das miúdas salinhas da nobre casa de shows. Uma latinha de cerveja em uma das mãos e fui ver a apresentação dos quase irmãos aparecidenses do Abalo Sísmico. Sou meio suspeito de falar, pois conheço o som do conjunto antes mesmo de conhecer esses doidos do jipe. Quanto à apresentação dos jóvens, gostei muito da atuação de Muhamad e companhia, creio que foi o melhor concerto que presenciei desses bacharéis, inclusive o ponto alto do show foi o fato do galã da meia noite, o Seu Wilson, não errar nenhuma nota e não estourar um corda de seu potente baixo. Palmas para ele! Piriguetagens à parte, descansei meu gostozo corpinho em um dos sofás expostos em umas das salas do recinto, ouvindo Ratos na trilha e vendo o ridículo Rodrigo Faro e o seu "Pior do Brazil" em uma tv sem áudio. Meu ouvido conseguindo captar alguns acordes, pude perceber que os anapolinos do Carniça iriam dar início à batalha sonora. Era a primeira vez em que minha pessoa presenciava uma apresentação dos diplomatas, portanto vi com muita atenção todo o peso destilado pela banda. Maldade, caras e bocas, gutural em dia e um entrosamento legal entres os integrantes do conjunto. Batalha terminada, fui tomar alguns ares nos becos da casa, conversando com alguns bonitos e vendo partidas de sinuca bem profissionais. Mais cerveja guela abaixo e o evento ocorrendo na mais perfeita ordem. Parti então para ver pela primeira vez(sim era uma noite de estréias pra mim...) os garotos de Morrinhos do Diskontrolly Social. Anti-música colocada em prática por Gilcélio e demais engenheiros, a banda pende muito pro lado crust/punk da parada. Som sujão, remetendo à uns lance meio filandeses e tal, senti falta de um baixo, talvez isso que fez o som soar tão agressivo em meus ouvidos. Gostei da presença dos joviáis, resistentes acima de tudo. Mais conversas, risadas e o Sevandija, banda daqui da capital se preparava para dar início aos seus festejos, e meu amigo, pense numa banda rápida, pense num som extremo, vai pensando aí...Marcão tem o dom de tocar em bandas muito boas e essa, o Sevandija que faz uma referência das mais lindas ao início do grindcore, a lá Scum do Napalm e tal., é algo muito gratificante de se ver. Boniteza do começo ao fim, negadis pirando nos sons e um discurso lindo do amigo Marcão deram o tom da apresentação dos empenados. Não consegui mais uma vez pegar o show dos candangos do Subterror, a zica sempre me persegue quando a banda está para se apresentar. Paciência, né... Posso dizer que o evento por ter sido o primeiro dessa galhere da nova geração ocorreu tudo dentro dos conformes, aliás o evento também comemorava o aniversário do Guilherme, ou seja, era trabalho e diversão ao mesmo tempo. O que se tem a lamentar é a tosca cultura da valorização de shows covers aqui na cidade, ao ponto de uma parte da negadis largar de ver/conhecer/interagir com um pessoal novo, para gritar, esbravejar em shows superficiais de bandas autorais, mas que são mais famosas por tocarem Megadeth, Guns n Roses, Pantera ou coisa que o valha. É triste ver que pessoas da dita "cena" deixaram de ir em um evento bem legal como esse para prestigiar show cover. Pessoas pobres de espírito, é a minha simples definição. Enfim, parabéns ao Coletivo Burro Preto, aos poucos presentes e que mais eventos assim ocorram, com bandas boas, pessoas interessantes e se for pra somar, querido tosco "rócker", que acrescente de verdade, não só em álbuns de orkut ou em tópicos da Goiânia Rock City, pagando pau pra quem não deve, chupando o saco pra quem não dá a mínima pra você. É isso, beijos e fiquem com a paz de Jah no coração de vocês!


Fotos por: Nati Simão

6 comentários:

Guilherme disse...

Vocês são muito lindos. Obrigado pela presença

Guilherme Aguiar disse...

Valorizei o título fudido!

Peixuxa disse...

amay lindos joviais

Peixuxa disse...

amay lindos joviais

Mário Mariones disse...

Um resenha bem galopera. GosteimêRRmu. A diferença em tocar só cover e tocar punheta é que tocando cover você enfia o pinto no próprio cu sem o consentimento do GG Allin. Aqui na roça, falando fantasticamente no caso Rio Claro, Piracicaba, e Limeira temos bandas danadis com propostas pra lá novas como bolovo bolinando caraco, mas as ditas "casas estruturadas" pra se rolar um barúio, ah, elas querem ver gaita, é Scorpions na churraqueira e jazz clube de campo. E pros meninos se esbaldarem no parquinho, Eslípikinóti.

GBU disse...

foi louco esse dia