9.7.10

O Estado, as religiões e a cultura






O Estado representa a força e o domínio submetido ao mais fraco, indefeso e indeciso, sem lhe considerar respeito ou direitos individuais. É uma ameaça permanente ao qual os fracos e vulneráveis não tem recursos, onde a arbritariedade dos mais poderosos é incompatível com um clima de equidade e justiça.

Outra fonte de poder que impõe medos coletivos e individuais reisde nas religiões. A verdade é que a religião e o Estado interrelacionam-se, tem semelhante forma de agir, ditada exclusivamente pela força, não levam em conta a dignidade humana, o direito alheio. É o tipo mais execrável de egoísmo, o que se disfarça de benevolente.

A religião representa o domínio da idéia, detentora de força poderosa, sobre a coletividade. Não só porque suscitam dúvidas, mas porque seus vetos e tabus exercem poderosa pressão sobre a mente. Propagam a busca de uma nova dimensão para existência, numa fuga da destruição completa de si mesmos.

A cultura é representada pelo movimento e pela liberdade, constitui a soma de todas as criações espontâneas, expressa a vida intelectual, nossas necessidades de comunicação. E não pretende impor sua maneira de ser.

Acho impossível aniquilar o valor relativo de Estado e religião, mas acredito que para libertar-mos dessa condição estado-religião e evoluir num sentido superior de sociedade, há de se considerar a cultura em suas várias espécies e concepções, diferentes e opostas e expressá-la de forma ativa e forte.


Júnior


letargiazine@hotmail.com

1 comentários:

Juliana disse...

Só acompanhando e complementando o teu ponto de vista: a cultura é o movimento da sociedade, enquanto a religião é a imobilização, o estático. Espero que um dia o Brasil valorize a verdadeira face que ele tem, toda a cultura escondida nesses valores pré-definidos, ideias pré fabricadas que nos cercam...