5.4.18

Fuck Namaste - S/T (2018)




Depois do caos que vivenciei hoje na região central de Goiânia por conta de um temporal satânico, a vontade era de ouvir algum som que representasse toda essa carniceria que a natureza proporciona juntamente com a falta de estrutura de uma cidade-província. Veio um caminhão de milho de bandas em minha mente, mas lembrei de uma que ouvi nessa semana e que marquei em minha agenda de escrever algo sobre. Bom, não tinha dia mais que ideal pra falar sobre a Fuck Namaste, banda nova lá de Caucaia/Fortaleza e que conta com a amiga Priscila nos vocais. 
O primeiro registro da banda saiu em janeiro desse ano, sem título, sem enrolação e explorando o que há de mais rápido e sujo dentro do powerviolence/fastcore. Bom, posso dizer que de primeira eu gostei do nome, que soa meio que um foda-se pra galerinha good vibes que possuem dreads bonitos e aplaudem o sol. Posso dizer também que o som me agrada bastante, pois esse esquema de som rápido, curto e sem muita estrutura ainda pega o cabra aqui de jeito. Sabe aquela coisa de vocal de gato engasgado, guitarrinha abelhuda e e percussão do olodum acelerada em 15 vezes? É disso que eu gosto, e ainda consigo ouvir um pedaço de doom aqui, uma hardcorezinho ali, que sempre dá pra ensaiar uma dancinha sem compasso no circle pit. Na derradeira cantiga tem um cover de Fuck On The Beach bem alucinante, vale ouvir umas dez vezes.
De verdade, a parte ruim é que acaba rápido e  parte boa é que é só colocar no repeat, chamar algum rango barato, boas amizades, drinks esdrúxulos e fazer aquele rolê-delícia na casa de alguém sem juízo e ter boas histórias pro dia seguinte. Bandinha bem massa que vale conhecer e propagar pelo submundo do som, pois são músicas que não lavam a alma e nem tem a intenção pra isso. Gostei do que ouvi!



0 comentários: