12.3.21

Sömbriö - Fogo, Poder e Destruição (2020)

Bom galera, estou aqui mais uma vez, convivendo com todo esse caos instalado, a tristeza e a agonia tomou conta de mim e bateu aquela saudade de resenhar as carroceiragem sonoras do nosso submundo roquista. Nesse período todo da pandemia, confesso que fiquei 4 meses sem tomar banho, chegando ao ponto de ser expulso de meu habitat por aqueles que conviviam com este que aqui esboça a escrita torta. Pois bem, me aprumei, nos dias atuais consigo tomar um banho de gato ao menos uma vez por semana, o que melhorou o meu convívio com aqueles que me amam. Parei de beber Cynar e agora só estou dando uns bicos na Caracu com Sazon. Passado isso, volto com as resenhas no blog e farei no meu tempo, sem pressa, sem pressão e sem deus, graças a deus.

O pontapé inicial pra começar essa várzea sonora começa pelo time de peso conhecido como Sömbriö,  pra derramar o chorume mais podre possível em sua timeline. Os cabras, que atualmente  se juntam em trio, representam GO/SC e estão na caminhada desde 2018, disseminando o Metalpunx e o D-Beat pelas profundezas do subterrâneo do rock sem classe. Em 2020 lançaram o álbum "Fogo, Poder e Destruição" que conta com nove músicas, juntando todas as referências maléficas visuais e sonoras dos anos 80. Na formação que está no cd lançado pela Two Beers Or Not Two Beers, Paulin, que no quesito visu representa o famoso headbanger dos cambito fino que mescla Destruction com Poison, segura a bronca das cordas finas com uma pegada que lembra muito a guitarrada do Hellhammer  do disco "Apocalyptic Raids". Fernando é o bonito que coordena o baixo na repartição do grupo, sapeca o instrumento com tanta violência que o bichão parece que tá puxando cerca de arame em pasto pra segurar gado rebelde. Nas baquetas está o querido Urbano, raparigo talentoso, que tem a maestria de unir a bateria cavalo-manco com a pegada "roda de quadrilha profana", se é que voces me entendem. Iggor Cavalera em sua atual fase sentaria no banco a espera de uma vaga no time. 

Do disco eu só tenho elogios, da gravação às letras, escritos que encaixam perfeitamente para os tempos tenebrosos em que passamos. A minha preferida é "Inferno em Goiânia", será por qual motivo, né? A capa maravilhosa leva a assinatura de Lucas Bittencourt, e assim, posso dizer pelo que ouvi no ano que passou que esse disco é um dos melhores da cena nacional. Aliás, essa preciosidade está pra sair em versão LP 12'' apoiada pelos selos/distros Distro dos Infernos (AM), Zuada Records (CE), TBONTB (GO), Insulto Rex (RN), Brado Discos (PR), Fuckitall Music and Management Group (SC), Manaós Distro (AM), Raw Recs (DF), Vertigem Discos (CE), No Future Distro (MG) e Bacural Discos (GO. Pra quem gosta de Desastre, Whipestriker, Deaf Kids e afins, a Sömbriö é a boa dica de audição degradante. 

ouça aqui:

1 comentários:

Rustoff disse...

Mantendo vivo a cultura do blog mal escrito. Ta faltando