11.3.14

Kapitalistik Dëth - S/T (2013)


Bicho, ultimamente vem chegando aqui no escritório da empreza muito som de banda nova e tem algumas que desde a capa até o contexto sonoro chamam a atenção dos ouvidos sebosos de nossos queridos funcionários. Foi o caso da Kapitalistik Dëth, banda nova de São Paulo formada em algum dia obscuro de 2013 e que faz uma linda mistura de hardcore e powerviolence. O quinteto podre é composto por Paulin (berros e gargarejos), Alex (cordas finas), Alemão (cordas grossas), Pedrin (ruídos caóticos) e JP (percussão) e estes lindos joviais soltaram no ano que passou-se um poderoso disco de cantiga rápida. A bolachita conta com 10 cantigas que basicamente fala da imundice humana e do cotidiano violento e desigual da cidade cinza. O disco já começa agoniante com uma intro de gritaria e desespero, seguida da densa e agressiva "Break The Faith". "Vida Simples" tem uma colagem introdutória de fala muito foda que fala do nojo do elitismo, seguida do petardo sonoro que fala da morte da vida simples nesse mundo caótico. "Faça Você Mesmo" é curta e deixa o recado de forma direta, faça, organize-se sem esperar por ninguém. O powerviolence do capiroto selvagem ganha um bom destaque na musicóla "destruir", letra que fala da destruição dos dogmas sociais que te aprisiona e não deixa você seguir com suas próprias convicções e verdades. "São Paulo, A Capital da Desigualdade" fala de forma agressiva dos problemas da cidade, num instrumental cabuloso, riffs, bateria, berros e ódio sonoro. "Rock Bravo" é uma mescla de crítica voltada para a imunda polícia e aos patrões infames. "Surfviolence" é a melhor do disco, com uma intro de surf music muito legal e depois os cabras emendam com um powerviolence desgraçado de doido, de perder o juízo, as pregas e o rumo da vida falida. "Liberdade Um So Todos Iguais" é curta, rápida e fala da tosca sociedade machista que ainda prevalece nos dias atuais. "Mais Uma História" tem uma introdução com uma boa pegada de doom e depois é emendada com um fastcore de afundar a molêra de criança inocente. Por fim os diplomatas fecham a bolachita com um cover de Isabella Superstar, da cantiga "As Tecnologias do Séc. XXI Me Deixaram Preguiçoso, Anti-Social e Burro". 
O que eu posso concluir é que o disco é muito bom, agressivo, crítico, gravação decente, colagens muito boas, capa muito massa que segue a linha de bandas de powerviolence, instrumental agradou os meus ouvidos, vocais que estragaram mais um pouco a minha percepção auditiva e a plena satisfação de saber que o lado b do subterrâneo nacional respira de forma ativa e agressiva. Vida longa aos loucos e morte violenta aos que lambem o cu do sistema em prol da promoção própria. Disco foda, banda foda, ouçam!

Página da banda: Kapitalistik Dëth

Ouça o disco aqui:

Download:

0 comentários: