4.5.20

Dead Enemy - Knowing The Enemy (2020)


Olha só meus desorientadoxs, estava eu aqui fazendo o meu melhor esporte na atualidade, o famoso revezamento cama x sofá x mesa de trabalho (rizos) quando me deparei com uma mensagem do meu primo codoense Guilherme Teo, avisando que estava ouvindo um som delirante dentro de sua caçamba, que dentre outras côusas faz desfile na rua principal do Codó com o falecido do dia levando-o até o cemitério municipal, descarrega areia e leva as crianças que moram na caatinga (aka roça) pra escola. Pois bem, esse meu primo me disse pra ouvir uma tal de Dead Enemy, banda de Fortaleza,lugar em que ele guarda boa lembrança, pois foi lá a sua primeira experiência numa rodinha de hardcore, nu, apenas com seu all star e carregado num carrinho de supermercado o rolê inteiro.

Como eu não deixo o cachimbo cair, pois não cochilo, fui procurar a dita banda e logo me deparei que conhecia alguns dos integrantes por nomes ou por bandas que tocam ou já tocaram. Coloquei o disco Knowing the Enemy no celular, ativei o bluetooth e conectei na caixinha comprada de algum mascate tocantinense que costuma passar com o seu veículo de tração manual na porta de casa, sempre vendendo urso gigante, panelas tamanho CEM (cozinha de escola municipal) e redes de diversos modelos. 

Ouvindo e deixando no modo repeat enquanto eu fazia algum exercício pra não cair no sedentarismo e tentar diminuir a circunferência da região abdominal, o disco me ganhou logo de cara pois lembrei lá dos primeiros discos do D.R.I. e Exodus. Seco, rápido como deve ser, riffs poderosos, baixão que faz tremer as estruturas (imagina isso ao vivo, séloko bandido!), bateria meio britadeira e sonoridade (côros) que lembra qualquer gravação oitentista de crossover/thrash.  

Registro impecável, destaco "Words of lying fellowship", "Take me out of this application" (o começo é cabuloso!) e "Bomberstorm" que foram as que mais coloquei pra voltar a tocar, porém as outras merecem bom destaque a atenção pra você que vai buzinar aí o play da plataforma digital preferida. Violator, Dr. Living Dead, Damn Youth e demais sons atuais que seguem essa linha do thrash/crossover são referências pra quem chegar aqui e estiver em rumo ou orientação pra ouvir essa baita banda cearense. 

A capa leva a assinatura do mestrão Fernando JFL e o disco acabou de sair em formato físico (cd) pelos selos/distros Two Beers Or Not Two Beers, Helena Discos,Zuada Recs, Ad Prod, Metal Under Store, Voice Music, Metal Island, Jazigo Distro e Vertigem Discos, pra comprar e alegrar as caixas do seu 3 em 1. 

Bom, é isso aí que eu escrevi e mais um pouco, indico pra todxs aqueles que estão trancafiadxs e também para xs que precisam enfrentar esse cotidiano incerto e cada vez mais cruel. Disco poderoso, thrash maloca pra pisar na cabeça de headbanger reaça.

Dead Enemy é:

XJuninhox - Guitarra
Dejane Grrrl - Baixo
Mateus Sales - Bateria
Fenando Gomes - Vocal


Ouça aqui:

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