Na derradeira quinta-feira, Goiânia (cidade dos fatos mais bizarros noticiados na mídia tradicional) foi palco de uma noite devastadora quando refere-se à cantiga feita de forma extrema e rápida. É que um dos maiores nomes atuais dentro do grindcore/powerviolence mundial passou por esta metrópole provinciana e deixou bons danos para algumas centenas de presentes que estavam no local do crime.
O dia era corrido e pra começo de conversa, consegui burlar a lei do sistema trabalhista e havia adquirido a liberdade do semi-aberto (aka bico) pra poder preparar-se podremente para o baile formoso que aconteceria no período noturno. Bebi umas cana com meus amados amigos maranhenses pra dar uma calibrada nas imediações do Terminal Praça da Bíblia, ajeitei a beca pôdi, e já embriagado e sem ter nexo do que falava ou via, parti para o baile jovial. Era a minha primeira vez na Diablo Pub, boate da cena alternativa que consegue abocanhar hypes, gente podre/desajustada, agroboys e patrícias num ambiente super bem estruturado e espaçoso. Doeu lá na raíz do olho quando recebi a notícia de que uma long neck estava no preço de 7 cãe$ de cruzado$ novo$, mas pra quem acostumou-se a beber cerveja em temperatura ambiente no Capim Pub, até que segurei o aperto do bolso, muito por conta da maravilha gelada que estava a kryptonita (aka heineken) e bebi, bebi, bebi. Conhecendo o ambiente e aconchegando no espaço aberto da casa, me deparei com algumas nobres podres figuras da cena tosca goianiense, e levei um bom lero com o mestre Rustoff e sua namorada enquanto o baile-formoso-da-juventude-contra-a-família-e-deus não começava. Naquela altura eu já estava bem doido de cana (não, eu não uso tóxico clandestino, atualmente só consumo remédio controlado-tarja-preta, que misturado com álcool... bom você já sabe!) e conversava até com gente que difamo.
Entre uma boa cantiga de thrash metal e outra de pós punk, sob o comando do Segundo (Two Beers Or Not Two Beers, Os Canalhas, Corja), alguns riffs começavam a vir do outro ambiente, era a Ressonância Mórfica convocando a negada para o death-grind nervoso, o melhor que há por essas bandas de cá do centro-quente deste país. Os cabra estavam apresentando o seu novo álbum, "Manpiguari", e Marcão & Cia mostraram que a cada dia que passa estão mais afiados e agressivos. Uma lindeza ver esses manauaras, erradicados em Goiânia já por um bom tempo, tirarem um som com bastante qualidade e sinceridade, num espaço underground com tantas dificuldades que já conhecemos. Uma coisa que me agradou muito foi a acústica do lugar e a regulagem do som, que lascou com meu ouvidor da melhor forma possível. Passada a devastação sonora e com boas dores na junta e parte do pescoço, voltei pro ambiente externo e pra cana, pois o cão estava me atentando e fazendo eu gastar toda a minha economia através de um plástico retangular e seis dígitos que simbolizam o satanismo capitalista moderno.
Naquela altura da noite-madrugada eu ainda estava consciente, mas muito doido, e vi que os Madrugas iriam começar o forró de cego, entón adentrei para o lado espaçoso do esquema novamente e vi de boca aberta, uma das maiores devastações sonoras ao vivo,
com aqueles americanos maravilhosos, power-trio que só podia ter feito um pacto com a besta-fera. Foram pouco mais de 20 minutos, rolou até bis, tipo esses shows grandes de bandas e tal. Mas é sério, fiquei impressionado com a força e a vitalidade desses infames, powerviolence pra vagabundagem nenhuma botar defeito. A noite foi muito boa e quem não foi por opção, perdeu um bom evento de cantiga agressiva, bem organizado.
O dia seguinte foi cruel, bem cruel, mas valeu por toda a loucura que já tinha um tempo que eu não fazia, e deixo aqui meus agradecimentos sinceros ao Júlio pela consideração de sempre, vida longa ao Thrashcore Fast e aos que fazem deste rock que eu gosto algo além de status e lucro. Que venha mais, desajustado como tem que ser!
***Apesar da falta de tempo e do desanimo que bate por vezes, vou seguir com o blog, depois de alguns papos que levei domingo na magnífica apresentação do Terrorizer, fiquei de certa forma emocionado, não preciso citar nomes, mas para o desespero de alguns, ano que vem tem muito mais coisa podre vindo deste chorume virtual.
Fotos por: Julio Vieira
Entre uma boa cantiga de thrash metal e outra de pós punk, sob o comando do Segundo (Two Beers Or Not Two Beers, Os Canalhas, Corja), alguns riffs começavam a vir do outro ambiente, era a Ressonância Mórfica convocando a negada para o death-grind nervoso, o melhor que há por essas bandas de cá do centro-quente deste país. Os cabra estavam apresentando o seu novo álbum, "Manpiguari", e Marcão & Cia mostraram que a cada dia que passa estão mais afiados e agressivos. Uma lindeza ver esses manauaras, erradicados em Goiânia já por um bom tempo, tirarem um som com bastante qualidade e sinceridade, num espaço underground com tantas dificuldades que já conhecemos. Uma coisa que me agradou muito foi a acústica do lugar e a regulagem do som, que lascou com meu ouvidor da melhor forma possível. Passada a devastação sonora e com boas dores na junta e parte do pescoço, voltei pro ambiente externo e pra cana, pois o cão estava me atentando e fazendo eu gastar toda a minha economia através de um plástico retangular e seis dígitos que simbolizam o satanismo capitalista moderno.
Naquela altura da noite-madrugada eu ainda estava consciente, mas muito doido, e vi que os Madrugas iriam começar o forró de cego, entón adentrei para o lado espaçoso do esquema novamente e vi de boca aberta, uma das maiores devastações sonoras ao vivo,
com aqueles americanos maravilhosos, power-trio que só podia ter feito um pacto com a besta-fera. Foram pouco mais de 20 minutos, rolou até bis, tipo esses shows grandes de bandas e tal. Mas é sério, fiquei impressionado com a força e a vitalidade desses infames, powerviolence pra vagabundagem nenhuma botar defeito. A noite foi muito boa e quem não foi por opção, perdeu um bom evento de cantiga agressiva, bem organizado.
O dia seguinte foi cruel, bem cruel, mas valeu por toda a loucura que já tinha um tempo que eu não fazia, e deixo aqui meus agradecimentos sinceros ao Júlio pela consideração de sempre, vida longa ao Thrashcore Fast e aos que fazem deste rock que eu gosto algo além de status e lucro. Que venha mais, desajustado como tem que ser!
***Apesar da falta de tempo e do desanimo que bate por vezes, vou seguir com o blog, depois de alguns papos que levei domingo na magnífica apresentação do Terrorizer, fiquei de certa forma emocionado, não preciso citar nomes, mas para o desespero de alguns, ano que vem tem muito mais coisa podre vindo deste chorume virtual.
Fotos por: Julio Vieira
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