21.5.13

Expurgo - Burial Ground (2010)



Estamos de volta, para a alegria de uma legião tosca de infames e tristeza de alguns inúteis. Desta vez saio da sombra da ressaca pra rabiscar mais um disco excepcional do submundo do underground nacional. A banda em questão é a Expurgo, brotada nos perdidos de 2003 na linda cidade de Belo Horizonte, berço do metal nacional. Com uma discografia bastante recheada de demos e splits, no ano de 2010 o conjunto formado por Egon (vocal), Philipe (guitarra/vocal), Leandro (baixo) e Anderson (bateria) soltou seu primeiro Full-Length, com o nobre apoio da master Black Hole Productions
"Burial Ground" é o título do disco, que contém 29 cantigas e pouco mais de 38 minutos. O grindcore que você vai encontrar aqui é de alto nível, agressivo como tem que ser e com fortes referências à sonoridade old mas com a pegada totalmente voltada pra atualidade.  elementos de Death Metal também são notáveis, dando um requinte maior para aqueles que tiverem a honra de ouvir esta belezura. Difícil é destacar músicas desse registro, mas posso citar aquelas que fizeram eu voltar com o pitoco do repeat, como por exemplo a "Blast Of Truth" que abre o disco, seguida da cabulosa "Only The Depressive Trades". O que surge depois disso é petardo atrás de petardo, comprovado na densa cantiga "Affected By Desiquilibrium", a mais longa da track list. "Traped" me ganhou com aquela pegada meia crust/crossover/death, já as músicas "Palestine Guts"/"Brain Pulsing" me fez lembrar do show do Napalm Death que rolou há alguns anos lá na quebrada da Ceilândia. "Interruption Request" arrancou bons pedaços de meu beiço pela gana que o som causou em minha pessoa. Destaco também as músicas em português "Sofrer Em Paz"/"Não (Parte I)/"Não (Parte II), já que o disco é predominantemente em inglês, o que mostra a versatilidade da banda. Ainda dou um salve para as cantigas "Exploitation", "Worthless Anger", "Chaotic State Of Addiction" e a derradeira do disco "Grey Waste II - O Cycito".
Destaque importante pra variação dos vocais do Egon e Philipe, dupla de cabras que deixam a audição mais tenebrosa e agressiva, dando aquela gostosa sensação de estar ouvindo ao mesmo tempo um disco de grind & gore. Elogio também a parte de produção e mixagem do disco, que ficou por conta dos mestres André Márcio & Alan Wallace e do próprio Expurgo. Talvez você note a falta de caixas nos famoséx blast beats, mas isso não interfere na sonoridade, muito pelo contrário, a percepção auditiva de cada instrumento é o ponto forte das gravações. A linda arte de capa deste redondo com furico no meio leva a assinatura de Anderson L.A. (Imperious Malevolence, Amen Corner) com a direção de arte tendo a rubrica do Fernando Camacho (Black Hole Productions). 
Você pode ouvir e conhecer mais músicas da banda aqui ou comprar e aliviar a sua neura consumista de artigos underground clicando aqui. Esse é mais um grande registro que tive a honra em resenhar, e deixo mais uma vez aqui meus sinceros agradecimentos à Black Hole Productions & Fernando Camacho. Continuamos vivos!

Página da banda: Expurgo

Ouça algumas cantigas de "Burial Ground" logo abaixo.




4 comentários:

Unknown disse...

Não tem conversa não aqui o coro come pra valer é Grind Core com borra,é porrada do começo ao fim.Prosperidade a todos vocês Família Expurgo e lhes digo que isso é só o começo de um reconhecimento para um firmamento para com todos ouvirem o Treme Terra Expurgo eu não tenho mais oque falar sou Fã.Abraços!

Expurgo disse...

Muito obrigado a todos pelo apoio e palas palavras sobre nosso som! Só temos a agradecer!
Stay sick dudes!

Expurgo disse...

Muito obrigado pelo apoio de todos e pelas palavras positivas sobre nosso som, só temos a agradecer!
Keep on rotting!
Anderson + EXPURGO

Anônimo disse...

Sofrer em paz é uma música linda viu, adoro metal nacional cantado em português, é redundante dizer que os músicos cantam mais avontade. Dou o exemplo do Brasil do Ratos de Porão e para o Peste do Claustrofobia. É uma sugestão gravar mais músicas em português não uma regra. Não tenho o que reclamar da banda ao vivo e no estúdio é a mesma desgraceira, metal de MG sempre acima da média